3 de out. de 2024

Gaia morreu por nossa culpa

RIP Gaia
Ter a notícia de que Gaia, a onça que se tornou símbolo da fauna brasileira, morreu queimada, uma morte horrível, uma morte dolorosa, uma morte barbárica, uma morte causada pelo ser humano, corta na alma. Gaia era símbolo da fauna e de tudo o que é belo no Planeta Terra.

Gaia era leve e gostava de passear em árvores, dizem os seus monitoradores do Instituto Onçafari, que a acompanhava desde 2013. Ela era um de trigêmeos.

Gaia era o olhar das outras espécies para nós.

Gaia, conhecida pela foto dela tomando água e olhando para frente, nos dizia: eu sou a majestade.

Onçafari

Além das onças-pintadas, a entidade atua cuidando da preservação de outras espécies como a Anta, Capirava, Cervo-do-Pantanal, Quatis, entre outros.

A entidade foi criada em 2011, quando o ex-piloto de Fórmula 1, fundador e idealizador do projeto, Mario Haberfeld, iniciou os trabalhos na Base Caiman, que fica no Mato Grosso do Sul.

Segundo um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (Cnm), entre agosto e setembro, mais de 10 milhões de pessoas, espalhadas por 531 municípios, foram e ainda estão sendo afetadas pelas consequências dos incêndios nos biomas brasileiros.

A Onçafari, além de estar atuando no resgate de espécies que estão sendo atingidas com as queimadas, atua no monitoramento das espécies, permitindo coletar dados nunca antes observados em vida livre, no desenvolvimento do ecoturismo como uma ferramenta de conservação ambiental, além do tratamento e reintrodução de onças-pintadas na natureza, que, através da perda de habitats e de áreas de floresta em razão da ação humana, sofrem com ameaças de extinção.

Seca afeta boa parte do país

O Brasil enfrenta um dos mais longos períodos de seca da história, com a fumaça das queimadas cobrindo boa parte do país. Porém, não só a flora e a qualidade do ar que são afetadas.

Nas últimas semanas, bombeiros, agentes veterinários e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) têm resgatado diversas espécies, como antas, onças e tamanduás.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais também mostram que a região Norte registrou 23.715 focos de incêndios em setembro, considerando os dados publicados até a última sexta-feira (13), liderando o ranking nacional. O Centro-Oeste vem logo atrás, na segunda posição, com 18.015 focos.

O Sudeste tem 5.398 focos nos primeiros dias do mês e ocupa o terceiro lugar, seguido pelo nordeste, com 5.012. Já na região Sul há menos de mil focos de incêndios.

No Cerrado, uma tamanduá-bandeira foi resgatada na última segunda-feira (23), após ser encontrada com as quatro patas queimadas em uma área atingida por queimadas na Floresta Nacional de Brasília (Flona).

No Pantanal, duas onças-pintadas, resgatadas com queimaduras devido aos incêndios que ocorrem na região, seguem sob tratamento especial no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e no Hospital Veterinário Ayty, na capital Campo Grande, feito com pomadas específicas e ozônio.

Fonte: Correio do Lago


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