1 de abr. de 2012

Matéria sobre carroceiros

Hoje saiu a matéria sobre carroças em Vila Velha/ES, município na Grande Vitória onde moro. A jornalista reproduziu integralmente minha opinião de que carroças devem ser abolidas e não reguladas. O artigo informou também que no ano passado foi passada uma lei que diz que carroças só podem circular quando fazem frete, os animais devem ser cadastrados e estar com a saúde e vacinas em dia. Ou seja, não muda nada, pelo menos por enquanto. Porque a pergunta é: a retirada financeira de uma carroceiro é suficiente para manter um animal caro como um cavalo? Claro que não.

A questão das carroças no Brasil faz parte de um problema maior no Brasil: o de se dar um jeitinho naquilo que é errado e muitas vezes criminoso. É como o caso dos flanelinhas. Na capital Vitória se criou uma infeliz iniciativa de se registrar flanelinhas como se fosse realmente uma profissão. Como alguém que rouba o espaço público e tenta arrancar dinheiro do cidadão através de coerção pode ser legitimizado pelas autoridades? Porque o acordo implícito entre o flanelinha e o cidadão é: se você não disser sim para mim eu vou te fazer mal. E como se decide quem cuida de qual rua? Através de editais? É uma situação absurda que mostra como as pessoas que deveriam zelar pela ordem não tem coragem de enfrentar situações delicadas e preferem ‘dar um jeitinho’.

Um comentário:

Paula RB. disse...

Lobo, muito bem dito em sua crônica extremamente pontual.

Não há certo em realizações erradas, equivocadas.
Daqui a pouco as chaves das Penitenciárias serão administradas pelos detentos de bom comportamento!

Não há razão para carroças em pleno século 21 e basta. Sempre citei que é uma questão multifacetada, porque deve contemplar o animal subjugado e aquele que trabalha, porque se o carroceiro não tiver alternativas, ele retorna à exploração animal.
Isso é notório e visível.

Alternativas existem (carroça motorizada, moto-carroça, carroça-bicicleta etc) e que podem ser benéficas até ao Poder Público, onde o lucro pela atividade com carroças-alternativas (sem animais na tração) seria repassado aos municípios.