Que o Big Brother Brasil é sintoma de uma sociedade doente, disso nós já sabíamos. O nível é tão baixo que nem mesmo o meio acadêmico parece se interessar por esse lixo cultural como tema sociológico digno de pesquisa como acontecia com as telenovelas no passado.
Com a vitória do cowboy Fael no final do BBB12, o público se superou sua admiração por tipos sinistros e sem ética, embora isso esteja de acordo com o tipo de político que o brasileiro prefira eleger.
Aparentemente, Fael tem cara de bom moço, mas como todo mundo sabe as aparências enganam. O rapaz é membro do Clube do Laço, um esporte violento que aterroriza e machuca bezerros. Apesar de ser veterinário, ele é contra a castração de animais. Com o dinheiro que ganhou pretende explorar gado para fazer sua grana crescer. Ao que parece ele também disse que quando mais jovem roubava galinhas para matar na Semana Santa e uma vez embriagou um porco para que não gritasse ao ser roubado.
O fato do público ter ouvido de sua própria boca todas essas atrocidades e ainda assim votar nele como vencedor do BBB12 testemunha mais contra o público do que contra o cowboy. Fael de uma certa forma representa o brasileiro, que apesar de sua reputação de um povo caloroso e dócil, esse jeito cultivado de 'caipira inocente', esconde uma personalidade maliciosa violenta e um desrespeito pelas regras básicas de civilidade.
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