8 de jul. de 2009

Macaco se defende a pedrada de visitante de zoológico

Uma desembargadora no Rio concedeu ganho de causa para Rejane Viana de Olimpio por essa ter sido atingida por uma pedra atirada por um chimpanzé na Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro. A Fundação disse que Rejane estava entre as pessoas que agitavam os animais e a convidou a voltar ao zoológico para receber aula de educação ambiental. Rejane ganhou R$5,000 reais por danos morais (?) e o chimpanzé continuou preso nesse campo de concentração de animais sem nenhuma compensação ou, pelo menos, compaixão.


Independente de Rejane ter diretamente provocado o animal – e é incidente comum que visitantes de zoológicos o façam, já que os vêem como meros objetos de entretenimento e zombaria – ela participou ativamente da humilhação do animal, como toda pessoa que apoia esse tipo de exploração animal o faz. A desembargadora perdeu uma oportunidade de questionar as condições em que esses animais vivem e assim levantar um debate sobre o tema dos zoológicos. Mas não, ela preferiu adicionar mais um caso de ‘dano moral’ a um sistema jurídico inchado de situações ridículas onde o termo ‘moral’ já perdeu o sentido há muito tempo. Quanto ao zoológico, bem, sem comentários.


Como dizia aquele velho programa de TV, o macaco está certo. Como sempre.

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Um comentário:

loboreporter disse...

Comentário enviado por Paula Boretti. Obrigado Paula!


“ se eu fosse descrever as agruras que passei no estágio* que fiz nessa Fundação, não apenas a magistrada iria apavorar-se, mas o chimpanzé envolvido e a pessoa que ganhou o processo.

Os visitantes desse espaço precisam de Educação Ambiental para que lutem a favor que esse tipo de Instituição tenha fins, pelo menos em médio prazo, somente científicos e não fins de visitação para apreciar animais confinados.

A verdadeira Educação Ambiental perpassa por critérios mais coerentes com a atitude planetária e não somente ensinar a visitantes que não joguem nada em animais ou não o irritem; a esse tipo de procedimento faltou educação de conduta e princípios básicos de convivência, feitos por pais atentos, onde não se deve irritar ninguém, nenhum ser pode ser molestado. Educação Ambiental é mais, e muito, que ensinar a não jogar nada, não revidar algo a seres vivos.

Tal e qual o macaco do humorístico comentado pelo cronista, está certíssimo em implorar paz e reforçar o questionamento que fazia a cada absurdo que ele sabia: não precisa explicar, eu só queria entender! “

* - sim, eu estagiei nesse local. Hoje minha postura e lutas são para que espaços de confinamento animal tenham outra conduta e não o voyerismo apenas.