Independente de Rejane ter diretamente provocado o animal – e é incidente comum que visitantes de zoológicos o façam, já que os vêem como meros objetos de entretenimento e zombaria – ela participou ativamente da humilhação do animal, como toda pessoa que apoia esse tipo de exploração animal o faz. A desembargadora perdeu uma oportunidade de questionar as condições em que esses animais vivem e assim levantar um debate sobre o tema dos zoológicos. Mas não, ela preferiu adicionar mais um caso de ‘dano moral’ a um sistema jurídico inchado de situações ridículas onde o termo ‘moral’ já perdeu o sentido há muito tempo. Quanto ao zoológico, bem, sem comentários.
Como dizia aquele velho programa de TV, o macaco está certo. Como sempre.
Um comentário:
Comentário enviado por Paula Boretti. Obrigado Paula!
“ se eu fosse descrever as agruras que passei no estágio* que fiz nessa Fundação, não apenas a magistrada iria apavorar-se, mas o chimpanzé envolvido e a pessoa que ganhou o processo.
Os visitantes desse espaço precisam de Educação Ambiental para que lutem a favor que esse tipo de Instituição tenha fins, pelo menos em médio prazo, somente científicos e não fins de visitação para apreciar animais confinados.
A verdadeira Educação Ambiental perpassa por critérios mais coerentes com a atitude planetária e não somente ensinar a visitantes que não joguem nada em animais ou não o irritem; a esse tipo de procedimento faltou educação de conduta e princípios básicos de convivência, feitos por pais atentos, onde não se deve irritar ninguém, nenhum ser pode ser molestado. Educação Ambiental é mais, e muito, que ensinar a não jogar nada, não revidar algo a seres vivos.
Tal e qual o macaco do humorístico comentado pelo cronista, está certíssimo em implorar paz e reforçar o questionamento que fazia a cada absurdo que ele sabia: não precisa explicar, eu só queria entender! “
* - sim, eu estagiei nesse local. Hoje minha postura e lutas são para que espaços de confinamento animal tenham outra conduta e não o voyerismo apenas.
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