Todo mundo sabe que China e direitos animais é uma combinação de palavras difícil de fazer e é exatamente por isso que o país tornou-se o grande 'produtor' de peles de animais usadas em vestimentas, graças à uma mistura letal de ausência de proteção animal e mão de obra barata. YouTube tem vários videos mostrando o escalpelamento de animais ainda vivos. Comer carne é cruel e abominável, mas existe uma diferença na mentalidade entre quem come carne e alguém que come carne e também usa pele de animais. Apesar de estar cada vez mais difícil buscar refúgio na ignorância, alguns comedores de carne talvez ainda o façam por esse motivo. Eu daria a alguns deles o 'benefício da dúvida'. Já o segundo adota uma posição desafiadora e egoísta, que ele ou ela externaliza através de seu vestuário. É uma afirmação de poder que eu acho que o comedor de carne nem sempre conscientemente faz através de sua dieta. Esse distúrbio moral do usador de peles é parecido com aquele sofrido pelo caçador.
Semana passada a Reuters anunciou que a China agora está investigando meios de fazer os animais usados em peles procriar em cativeiro. A indústria da pele, que esse inverno sofreu uma queda de vendas, concentra-se na região de Heilongjiang, no norte da China, e enfrenta esse 'problema': as raposas e as 'minks' não procriam na velocidade da demanda, embora a produção tenha crescido cerca de 10% por ano desde 2004. Então entra em cena Liu Zhiping, uma pesquisadora universitária a serviço da crueldade. Eu prefiro não entrar em detalhes sobre a pesquisa, mas ele envolve um processo de manipulação genética parecido com aquele usado pela pecuária.
A declaração de Zhiping ao jornalista que escrevou a matéria que causa maior alarme é a seguinte: "Dá mais trabalho caçar um animal selvagem do que criar um, então ao criar esses animais, nós estamos exercendo a importante função de proteger seus equivalentes silvestres". Claro que ela não completou a última frase, que seria dizer de quem exatamente esses 'equivalentes silvestres' estão sendo protegidos porque ela teria que apontar para ela mesma e a indústria que ela representa. Essa visão distorcida é parecida com a dos fazendeiros de animais que dizem que em suas fazendas eles se encontram protegidos dos seus predadores. Além disso, ela implica que um animal 'criado' não sofre, ou sofre menos do que um animal que vive livre em seu habitat.
Essa matéria da Reuters nos alerta para um fato muito sério: que enquanto o mundo quiser produtos baratos da China, os animais e as pessoas vão sofrer cada vez mais e que a luta contra essa e outras indústrias têm que ser mantida em todo o seu vigor. E isso se faz com educação vegana, consumo consciente e difusão de informação.
Semana passada a Reuters anunciou que a China agora está investigando meios de fazer os animais usados em peles procriar em cativeiro. A indústria da pele, que esse inverno sofreu uma queda de vendas, concentra-se na região de Heilongjiang, no norte da China, e enfrenta esse 'problema': as raposas e as 'minks' não procriam na velocidade da demanda, embora a produção tenha crescido cerca de 10% por ano desde 2004. Então entra em cena Liu Zhiping, uma pesquisadora universitária a serviço da crueldade. Eu prefiro não entrar em detalhes sobre a pesquisa, mas ele envolve um processo de manipulação genética parecido com aquele usado pela pecuária.
A declaração de Zhiping ao jornalista que escrevou a matéria que causa maior alarme é a seguinte: "Dá mais trabalho caçar um animal selvagem do que criar um, então ao criar esses animais, nós estamos exercendo a importante função de proteger seus equivalentes silvestres". Claro que ela não completou a última frase, que seria dizer de quem exatamente esses 'equivalentes silvestres' estão sendo protegidos porque ela teria que apontar para ela mesma e a indústria que ela representa. Essa visão distorcida é parecida com a dos fazendeiros de animais que dizem que em suas fazendas eles se encontram protegidos dos seus predadores. Além disso, ela implica que um animal 'criado' não sofre, ou sofre menos do que um animal que vive livre em seu habitat.
Essa matéria da Reuters nos alerta para um fato muito sério: que enquanto o mundo quiser produtos baratos da China, os animais e as pessoas vão sofrer cada vez mais e que a luta contra essa e outras indústrias têm que ser mantida em todo o seu vigor. E isso se faz com educação vegana, consumo consciente e difusão de informação.
2 comentários:
foi quando eu vi uma cena dessas de extraçãod e pele que eu acordei e larguei a carne. É muito triste que ainda hoje, com TANTA informação à disposição e TANTAS opções de roupas sintéticas, as pessoas ainda queiram usar peles de animais.
A industria de peles apresenta um elemento extra de crueldade que e insuportavel.
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