19 de dez. de 2008

O calvário eqüino das drogas de estrógeno

Wyemth, a farmacêutica por trás das drogas Premarin e PremPro, usadas por mulheres para repôr estrógeno e feitas da urina de éguas grávidas (conhecida como PMU) quer lançar em 2009 uma nova droga chamada Aprela, também baseada em PMU. A empresa tem buscado diversificar seus produtos desde que as venda de Premarin e PremPro, os carro-chefes de seu portfolio, perderam mercado por causa do risco de câncer de mama, problemas cardíacos, derrames e demência com que elas são associadas. Muitos usuários passaram a usar medicações similares a base de plantas que existem no mercado. Aprela agora depende de aprovação do FDA, o órgão que regula a indústria nos Estados Unidos.

Segundo a organização Equine Advocates, que trabalha para combater a crueldade contra cavalos, para obter a urina das éguas os animais são submetidos a anos de confinamento intenso em fazendas no Canadá, em baias tão pequenas que elas mal podem se virar. Elas são forçadas a usar um bolsa de borracha para coletar a urina e seu acesso a água é limitado para fazer o estrógeno ficar mais concentrado. Quando as éguas dão a luz, seus filhotes são tirados de sua companhia depois de apenas alguns dias e assim se começa um novo ciclo de gravidêz, até que a égua se torne velha, infértil e aleijada, quando então ela será leiloada para o matadouro.

Desde que a Premarin foi inventada na década de 40, a Equine Advocates estima que milhões de animais tenham sido usados e descartados dessa forma. Por ano, 90.000 animais usados na fabricação do Premarin terminam em matadouros. A aprovação de uma nova droga significará sofrimento igual para dezenas de milhares de éguas, por uma medicação que também representa um risco para a saúde das mulheres.

Video em inglês que mostra o abuso dos animais pela indústria da PMU.



Esse link leva à uma reportagem sobre o abate de cavalos no Canadá, que faz o trabalho sujo que é proibido nos Estados Unidos. É altamente provável que entre esses cavalos estão aqueles abusados pela indústria da PMU.

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