Antes dele falar, o embaixador do Brasil em Berlim teve a palavra e exaltou o trabalhou de Davi. O embaixador obviamente teve que fazer que referência às queimadas da Amazônia e a destruição da floresta. E aqui foi quando eu notei uma omissão do principal culpado, que é o agronegócio. Curiosamente, a ênfase foi no crime organizado internacional, o que eu eu não tenho dúvida tem participação nesse processo. Mas todo mundo sabe que o agro é responsável por 70% do desmatamento da Amazônia, da destruição do Cerrado e do Pantanal. Isso é escancaradamente óbvio. E esta matéria revela que as queimadas estão mais concentradas onde o agronegócio avança.
A minha vontade na hora foi gritar, E o agro? Mas não fiz por respeito a Davi e também por entender que o embaixador não é culpado dessa omissão, nem mesmo o governo, que deve estar amordaçado pelo poderoso lobby do agro com sua bancada malígna no congresso.
Resta a população se organizar e começar a mudar a imagem do agro como sinônimo de prosperidade para o que é de fato: destruição, prejuízo e aniquilação do futuro. Como diz o Intercept, o Brasil precisa se libertar do agro.
O veganismo é um dos instrumentos que temos disponíveis de imediato para fazer isso. Mas além de ser vegano, é preciso valorizar a agricultura familiar. O agro mata bois, porcos, galinhas e toda a vida silvestre. Não existe causa mais vegana do que lutar contra o agronegócio. Cada um de nós é responsável por combater a ditadura letal do agro, ou não teremos futuro. É simples assim.
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