3 de mai. de 2024

USP inaugura fábrica de órgaos, porcos pagam com a vida


Mais um iniciativa científica sopra um vento de retrocesso nos direitos dos animais. A USP acaba de inaugurar um laboratório para criar porcos que serão depois assassinados para transplante de órgãos. O laboratório é fruto de uma ideia de Silvano Raia, um especialista em cirurgias experimentais, que se uniu à bióoga Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-Tronco da USP. Zatz vai chefiar o desenvolvimento dos porcos geneticamente modificados. Em suma, uma pequena fábrica de órgãos que custará a vida destes animais que nascerão e morrerão presos num espaço hermeticamente selado.

Mayana Zatz vai coordenar a criação dos porcos GM,
que viverão e morrerão confinados

O transplante entre espécies é chamado de xenotransplante. Se existe falta de órgãos, não seria por falta de doadores? Se existe falta de doadores, não existe falta de compaixão da nossa espécie por ela mesma? E por que os animais tem que pagar o preço por isso? Eu não sou contra ciência, pelo contrário. Mas eu não acredito em ciência sem ética e sem respeito pela vida de um ser vivo, o ramo da ciência que trata seres vivos meramente como modelos vivos, com prognósticos vagos mas muitas láureas para quem está envolvido. Isso é mórbido e sinistro.

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