A essa altura do campeonato, muita gente deve ter ouvido falar que o Papa Francisco disse que ter pets ao invés de ter filhos é algo egoísta. Eu gostaria de não me importar com o que pessoas que representam um religião que já promoveu genocídios, ataca as mulheres o tempo todo, acoberta pedófilos e promove a maior forma de ignorância que existe no mundo, que é a fé em uma criatura imaginária, tem a dizer. O problema é que esses seres anacrônicos tem uma plataforma - e uma plataforma grande - e exercem seu poder sem responsabilidade, promovendo mais ignorância em um mundo aleijado pela ignorância crônica.
Para começar, de qual lugar esse senhor fala, sendo que ele não tem filhos porque escolheu a batina e participar de uma religião que promove a neurose sexual de homens a quem é negado o sexo para que a igreja não tenha que dividir suas propriedades com herdeiros? Falar em egoísmo quando essa é a motivação maior da igreja - enriquecer - chega a dar ânsia de vômito.
Sua declaração é também absurda porque ela julgas as pessoas: quem não tem filhos é egoísta. Isso é muito ofensivo. E ter filhos, neste momento de crise generalizada, é o que? Em um mundo rumo ao colapso ambiental e econômico, ter filho é algo realmente desejável, em um mundo superpopuloso? E mais uma vez: onde estão os seus filhos, papa?
O papa degrada aos animais ao colocá-los em uma posição de inferioridade. Todo mundo sabe do amor incondicional que os animais tem por seus tutores. O vínculo afetivo entre seres humanos e não-humanos é um dos mais belos e puros. Em um mundo onde os animais sofrem com tanta violência, fruto de uma visão hostil e antropocêntrica, uma pessoa de destaque dizer isso é extremamente cruel e irresponsável.
O único lado positivo disso é que Francisco quebra o encantamento que às vezes ele consegue gerar com suas posições vagamente socialistas. É sempre bom ser lembrado em que se tratando da igreja católica, a gente só pode esperar o horror, o obscurantismo, a hipocrisia e a escuridão.
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