Um dos argumentos aque se ouve por aí quando se discute a questão das carroças é que os carroceiros são pobres, que dependem da carroçagem para viver.
Cristovam Buarque foi o último que eu li falando esse tipo de asneira (palavra o qual adquire um sentido amplificado neste contexto) por ocasião da discussão no Senado de penas maiores para maus tratos de animais.
O fato é o seguinte: carroçagem não é trabalho: é exploração animal. Se uma pessoa precisa explorar um animal que ela não terá condições de sustentar, ela precisa de ajuda do estado, e não do cavalo. Isso é o óbvio do óbvio.
Um cavalo é um animal caríssimo de alimentar e manter com cuidados veterinários. Só defende a carroçagem como opção de vida quem aceita o fato de que um animal terá que trabalhar por alguns meses sem comer até adoecer e morrer, e talvez antes disso ainda causar um acidente em uma estrada. Isso é uma aberração.
Que tipo de gente pensa que isso é defensável?
Então, vou repetir para que fique claro: quem é responsável por tirar um cidadão miserável da miséria é o estado e não o cavalo.
Um comentário:
Exatamente, caro Lobo. Se me permitir, assino embaixo da excelente reportagem.
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