Esta é Sunny, a cadela resgatada que interpretará Sandy na nova versão do musical Annie que estreia em Nova Iorque dia 08 de novembro. Desde 1977, quanto o musical começou, os produtores empregam cachorros resgatados, que são devidamente treinados, para promover adoção junto ao público. Eu não concordo com o uso de animais, mas se existe essa troca, e considerando o nível de responsabilidade envolvida, seria a aparição de Sandy no musical condizente com o veganismo? O que você acha?
Update 20/07/12: A postagem acima geral um certo debate nos comentários, e gostaria muito de ouvir a opinião de outros leitores, porque acho esse tema muito importante. Obrigado! LR
7 comentários:
Lobo, entendi sua colocação, mas vou discordar dela.
Usar animais é usar. Todo animal que é "usado" para trabalho (policial, resgates, esportes, guarda,saúde, teatral etc), de um jeito ou outro, tem comida, água e guarita.
Minha opinião.
Eu sou a favor da troca. Se o animal foi resgatado e como parte de uma permuta ele 'trabalhe' de uma forma que nao seja bem monitorada e divertida para ele ou ela. Mas sou contra que se crie animais com esse proposito especifico. BEIJOS!
Olá! Costumo ler o blog e me identificar com os pontos de vista. Mas, neste caso, também discordo do uso do animal, seja para uma "boa causa" ou não... Indo por essa linha, pareceria certo o uso de animais adotados para outros trabalhos. E - acredito que - trabalho só não é escravidão, quando há a possibilidade de escolha. Abraço.
Eu acho muito o interessante abrir o debate sobre este assunto porque é uma área sobre a qual eu penso muito e chego a variadas conclusões. Eu sou contra a escravidão animal, uso de animal para trabalhar, seja na polícia, cão guia etc, mas eu pensei q ue neste caso, como não se trata de uma indústria e apenas um show, se o resultado da aparição desta cadela no espetáculo resultasse realmente em adoções se isso seria justificado. O debate está aberto!
Legal debatermos mesmo. =] Fico pensando mais no fato de o animal não ter escolha em trabalhar no espetáculo ou não. Também em que o cão não deve dar nada em troca por ter sido resgatado, adotado. E mais: pode acabar reforçando para as pessoas (mesmo as interessadas em adotar) que eles são propriedades, instrumentos nossos, podem ser usados de alguma forma...
Se entrarmos nessa de fins justificarem meios, já temos ideia de onde essa lógica vai parar, não?
Lobo, a Bruna Lazarini sintetizou, fechou o meu comentário.
Repito que compreendi suas colocações ipisis litteris, mas entendo, também, que em certas questões, não podem haver brechas exatamente por todo histórico, muitos tristes e repugnantes, nessa área de exploração de trabalho animal que tanto temos ciência.
Certa vez um grande Jurista disse, em rede televisiva, que o nosso Código Penal abre margens exatamente porque têm as famosas "ressalvas" do:
- em caso de; na medida do, em havendo, e por aí segue.
Creio, minha opinião, é não haver trabalho animal algum, nem por essa razão ou por aquela questão.
Não pode ter 'talvez' em certas conduções no exato sentido de, diante do tal espaço existir, vermos todo um trabalho de resgate por: subjugo, humilhação, abandono, trabalho exaustivo, abuso, doença, maus-tratos, sofrer rachaduras e por elas ver tudo falecer.
Assim penso eu. Beijos em todos aqui.
Obrigado Paula e Bruna, realmente vocês tem razão. Eu reitero aqui que sou contra sempre contra qualquer forma de trabalho animal; o que me seduziu neste caso foi de o trabalho do animal ser em benefício de outros animais. Mas o fato é que esse benefício é hipotético e para o público leigo a sua presença no palco pode reforçar a idéia de os animais como propriedade, já que ele não tem como fazer a escolha. Muito obrigado, debater realmente é sempre a melhor forma de formar conceitos sólidos! Beijos veganos a vocês!
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