Como Amber Hansen pôde achar que poderia fazer um trabalho como esse como parte de uma residência em um museu, é realmente difícil de acreditar.
Depois que o alarme foi soado, ativistas acionaram a administração pública de Lawrence, em Arkansas, que disse que Hansen estaria quebrando a lei local se prosseguisse com seu projeto que envolveria exibir galinhas em várias partes da cidade e depois matá-las publicamente.
Ela disse que sua ideia era chamar atenção para o processo de matar animais. Para isso, ela poderia simplesmente levar o público a um matadouro ou indicar um dos muitos vídeos que circulam pela internet, como esse aqui por exemplo. Imagine se para ensinar história o professor tivesse que criar uma máquina do tempo. Isso demonstra uma incrível falta de imaginação partindo de uma pessoa que se diz artista.
É incrível como alguns artistas podem ignorar regras tão básicas de ética para chamar a atenção. Eu tenho notado isso ultimamente, como foi o caso de Nuno Ramos, um artista brasileiro respeitado e altamente inteligente, que colocou urubus em uma instalação na Bienal.
O incrível é como essas instituições de arte não percebem a quebra de lei nestes casos.
É importante não confundir respeito à ética com censura. São duas coisas muito diferentes. Censura nestes casos é praticada pelo artista, que pressupõe que sua vaidade artística vale mais do que uma vida, ou algumas vidas.
Fonte: CJOnline
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