8 de mar. de 2012

Aumenta interesse acadêmico sobre direitos animais, nos Estados Unidos

Se o New York Times diz, deve ser oficial. Um número cada vez maior de cursos sobre a relação entre humanos e não humanos está sendo oferecido nos Estados Unidos. 


O New York Times publicou uma matéria sobre o assunto e disse que trata-se de uma nova área em formação que por enquanto está sendo definido pelo termo genérico de ‘estudos animais’. Já existe até uma sigla para se referir a esse novo campo: HAS (Human-Animal Studies).

Segundo Marc Bekoff, um professor emérito de ecologia e biologia evolucionária na University of Colorado, o campo inclui “qualquer coisa que tenha a ver com o modo que os humanos e animais interagem”. Isso cobre várias disciplinas: arte, literatura, sociologia, antropologia, filme, teatro, filosofia, religião, entre outras. 

O Animals and Society Institute, que existe há seis anos, lista mais de 100 cursos em faculdades e universidades americanas que se encaixam sob o amplo leque de estudos animais. Institutos, séries de livros e conferências têm proliferado. Programas acadêmicos formais têm aparecido. 

Uma das principais publicações que surgiram nesta nova leva acadêmica, que é claramente uma resposta a esse movimento social que cresce em todo o mundo, é o Journal for Critical Animal Studies, publicado pelo Institute for Critical Animal Studies, uma organização que promove discussões profundas, de um ponto de vista vegano, sobre a relação entre humanos e não humanos. 

A diferença entre esse novo academicismo voltado aos animais e o que existia antes é que agora os animais são vistos como agentes morais e de direito. Ela deixa para trás a abordagem antropocêntrica que regulava discussões anteriores nas quais os animais eram mais objetos do que sujeitos. 

Sinal dos tempos, com certeza.

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