Para o Diário Catarinense, Ana Konder, de 42, é um exemplo de brasileiro que migrou para fora, no caso, Londres, e ‘se deu bem’. No caso da catarinense Ana Konder, se dar bem foi criar um mini-império de moda que inclui uma loja que só vende casacos de peles. Para os ativistas dos direitos animais, o que ela faz tem outro nome: exploração da vida de outros seres senscientes.
Há 15 anos na capital inglesa, Ana tem uma loja para clientes VIPs que compram seus casacos de animal morto. Para quem conhecer Londres, é fácil imaginar a clientela como sendo composta de peruas estilo eurotrash que ainda acham chique usar peles, que além de cruel, são mega cafonas. O inglês raramente usa pele. Até mesmo a Vogue daquele país veta o uso de peles em editoriais, apenas permitindo o material em alguns anúncios, mesmo assim muito pouco. Devem ser os estrangeiros abastados que circulam por Mayfair, onde Ana tem seu açougue fashion, onde jazem raposas, guaxinins e visons, que colocam o dinheiro na mão da catarinense.
Além dessa loja, ele tem também um showroom na Oxford Street – a principal rua de comércio da cidade, evitada pelos londrinos – onde segundo o artigo adulador do Diário Catarinense, ela representa várias grifes, além de “bolsas de marca, clutches de peles exóticas, echarpes, joias e cintos.”
É incrível que a essa altura da história da humanidade, algumas pessoas ainda achem chique e glamuroso se vestir com a pele de animais que são dolorosamente torturados antes de morrer. Assim caminha a humanidade. Uma passo para a frente, dois para trás. Mas ... como se diz em inglês, karma is a bitch, darling.
2 comentários:
Lobo, o último parágrafo de tua crônica é uma obra tal grau de verdade inserida nele.
Lamentavelmente deplorável que alguém migre para ganhar a vida com sangue e dor.
Os sentimentos ficam no bolso e não no coração...
Obrigado Paula - Londres e uma cidade tao cheia de possibilidades. Escolhar trabalhar com peles em um lugar que tem antipatia de peles e realmente uma facanha!
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