Uma imagem me chamou a atenção esta semana. Ela ilustrava um protesto em Brasília feito pelos avicultores locais com apoio da Associação dos Avicultores do Planalto Central e do Sindicato dos Avicultores do DF.
Eles se reuniram em frente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), em Brasília. E distribuíram cerca de 800 pintinhos como protesto pela não transparência nas negociações da fusão entre as empresas Sadia e Perdigão.
A produção de frango é responsável por 60% do total das exportações feitas pelo DF, segundo o sindicato da categoria.
Uma das faixas usadas pelos manifestantes dizia: Chega de escravidão econômica. A ironia, claro, passou desapercebida por eles, mas não pela ótica vegana. Dar animais como protesto é uma ação extremamente insensível e irresponsável. É tratá-los como escravos, sendo que é disso que eles reclamam. Como pode um protesto como esse ter qualquer validade?
As aves correspondem ao grosso da escravidão animal no Brasil: são bilhões delas assassinadas todo ano. Infelizmente com o barateamento de suas vidas, cada vez mais gente consome o cadáver de inocentes, sendo que elas poderiam perfeitamente ter um dieta saudável a base de plantas.
Esses manifestantes, claro, se acham no direito de explorar animais. Assim como a Sadia e a Perdigão se acham no direito de explorá-los. Essas empresas simplesmente seguem a risca a ideologia da exploração: quem é mais forte e maior, manda e devora o mais fraco. Reclamar disso demonstra uma total falta de percepção.
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