O caso da Yorkshire Lana que foi espancada até a morte em Formosa, Goiás é provavelmente um divisor de águas na relação entre a mídia e a visibilidade dos não-humanos. O fato veio a tona quando o sangue coletivo dos brasileiros já fervia por causa do caso Lobo, o cão que foi arrastado por um mecânico e acabou morrendo.
É compreensível a raiva que se sente que antecipa a frustração de punições que não serão condizentes com o tamanho do crime. Eu pessoalmente acho que toda pessoa que mata sem provocação e por sadismo deveria ganhar a prisão perpétua. Mas infelizmente nossa legislação é branda e assassinos às vezes ganham penas menores do que um ladrão que roubou algo de pouco valor. Por isso temos que pressionar para que as penas sejam maiores.
No entanto, em meio ao horror das imagens, existe esperança. Porque se parece que existem mais casos de crueldade, isso se deve ao fato desses estarem sendo noticiados. A ausência de notícias não significa a ausência de fatos. Muito pelo contrário. Ela significa que o fato acontece sem que o mundo tome conhecimento.
É claro que é dolorido participar desse processo de tomada de consciência do problema. Devemos, por isso, nos concentrar nos frutos positivos desse processo. E um canal muito importante dessa guinada na mídia tem sido a ANDA, da qual eu participo desde sua incipiência em novembro de 2008. Hoje o website dedicado à mídia, Comunique-se, escreveu uma matéria sobre o ‘efeito Anda’ na imprensa e como a agência esta ajudando a inserir a agenda animal nas pautas dos grandes jornais.
Chegamos a 30 mil acessos por dia, com uma presença gigante no Facebook e Twitter. E com a expansão das redes sociais a coisa só vai crescer.
Por isso, vamos canalizar nossa raiva, que é um sentimento positivo quando bem aproveitado, para continuar mudando a nossa sociedade em sua relação com os animais. Isso já está acontecendo e todo mundo pode ser parte dessa verdadeira revolução dos bichos.
Um comentário:
Falou & Disse!
É bem por aí.
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