Essa semana foi particularmente difícil para os equinos. Histórias de crueldade não param de ser publicadas, partindo o coração de quem se importa com os animais e deixando a pergunta: como um por um fim a isso? É complicado. Como animais explorados para trabalho e de altíssima manutenção, a batalha é árdua por causa dos interesses econômicos. Mas algo precisa ser feito porque nenhum animal tem que passar a vida trabalhando sem direito a aposentadoria e o convívio com outros de sua espécie, além de serem privados do contato com a natureza, o que é tão caro para os equinos.
Vamos aos fatos. Charlie, o cavalo que caiu morto em Nova Iorque, sofria de úlcera de estômago e tinha um dente fraturado, conforme revelaram os resultados de sua necrópsia. Imagine o sofrimento desse pobre coitado, que era obrigado a trabalhar com dor. Como esses cavalos que puxam carroça no Brasil, que são mal alimentados, devem sofrer de cólicas e dores crônicas.
Depois disso chegou até mim via Paula Regina, uma colaboradora assídua do blog, o caso de uma égua que agonizava em uma praia de Morro de São Paulo (foto), na Bahia. Por sorte um ser humano compassivo cruzou seu caminho antes que ela morresse afogada na maré alta.
Depois veio o pior caso de todos. Em Pinheiral, no estado do Rio de Janeiro, um cavalo que havia sido atropelado por um trem, vagava agonizante pelas ruas de um bairro da cidade. Quando os moradores chamaram as autoridades para recolher o animal, eles não esperavam que o funcionário enviado fosse eutanaziar o pobre animal com marretadas. Isso mesmo! Ele matou o animal com requintes de crueldade ao invés de levá-lo para um veterinário municipal para examiná-lo e, se fosse o caso, colocá-lo para dormir com uma injeção. O vídeo feito por moradores mostra uma cena de filme de terror.
E ontem mais um cavalo caiu em Nova Iorque, como foi registrado por uma pessoa simpatizante da causa animal que passava no local em Manhattan.
É necessário que a proteção animal comece a abraçar a causa dos equinos com mais ênfase. O número de cães e gatos é muito maior, mas os equinos precisam de socorro urgente. Essas histórias relatadas aqui são apenas as que ficaram conhecidas. O tempo inteiro esses animais estão sendo espancados, abandonados e deixas a mercê da sorte em um mundo que os trata como máquinas.
4 comentários:
Não podemos aceitar, de maneira alguma, que em 2011, século 21, nos deparar com notícias desse porte.
A sociedade esta tão brutalizada, tão endurecida, que diante de tanta tecnologia - que tiraria animais de situações de abandono, humilhação, privação e subjugação - nem assim exige que certas práticas sejam condenadas e abolidas.
O que se passou em Pinheral/RJ foi digno do horror da Idade Média!
O ocorrido em Morro de São Paulo/Bahia e em Manhattan/NYC é o retrato fiel de como a máquina do turismo trata animais: seres invisíveis!
Esta mais do que na hora de uma mobilização mundial que faça mais por aqueles que não tem voz, participação política ou advogado de plantão.
Lobo, eu peço desculpas pelo tom pouco polido, mas a cena de Pinheral/RJ não sai da minha cabeça. A que ponto chegamos como pessoas e sociedade.
Me deu vergonha.
Paula querida, seu tom sempre e polido. Eu tambem traumatizei com as imagens e ainda nao consigo acreditar que isso possa ter acontecido. Uma reflexao muito seria precisa ser feito: estamos caindo no barbarismo?
Caro Lobo aproveito para pedir um espaço e divulgar o trabalho da Ong Chicote Nunca Mais aqui de Porto Alegre. Eles fazem um trabalho lindo, tem despesas homéricas com os cavalos e vivem apenas da boa vontade dos colaboradores. Então peço aos leitores e especialmente aos gaúchos que dêem uma conferida no trabalho dessa gente e ajudem-os a continuar. http://www.chicotenuncamais.org/
Abraços!
Bem lembrado Eva, eu ja escrevi sobre essa ONG neste blog e e sempre bom lembrar a todos deste trabalho incrivel que ela faz. Obrigado!
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