Duas notícias envolvendo cães explorados em ‘entretenimento’ nos chamou a atenção nesta semana que passou.
A primeira delas apareceu sobre uma manchete equivocada dizendo que um cão foi ‘contratado’ por uma emissora de TV por $25 mil por mês.
Trata-se de um mini poodle ‘revelado’ no Domingão do Faustão e que vai ser explorado na novela Vidas em Jogo na Record que estréia em abril.
Obviamente quem vai receber todo esse dinheiro é o seu treinador André Poloni, já que não faz sentido algum para um animal receber um salário, apesar da manchete.
Um outro artigo noticiou que um espetáculo em São Paulo chamado O Domador de Férias terá um cãozinho que é na trama é tutorado por uma vendedora de Cajuzinho que trabalha na praia. A trupe de um circo resolve colocá-lo no espetáculo por conta de suas habilidades, entre elas o futebol.
Os dois casos envolvem animais trabalhando para o ‘divertimento’ humano, e a idéia sendo reforçada aí é que os animais são nossos para fazermos o que bem entendermos com eles, já que obviamente eles literalmente não tem voz na decisão de trabalhar ou não.
O conceito de trabalho foi inventado para humanos e deveria permanecer exclusivo da nossa espécie. Forças animais a trabalhar – e o trabalho é sempre forçado quando se trata de animais – é uma forma de domínio que desrespeita a integridade do indivíduo em questão. Os animais são tratados com elementos de cena apelativos, uma atração – e como tal, eles se tornam objetos. Maltratar não é apenas ferir e matar, mas também retirar de outro ser a sua dignidade.
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