9 de jan. de 2011

Veganismo se torna mais difuso


Capa do livro de Alicia Silverstone

Um artigo da Associated Press e reproduzido no Wall Street Journal, um dos principais jornais financeiros do mundo, diz que o veganismo está crescendo em acessabilidade.

O artigo se baseia no sucesso de livros como Skinny Bitch e a disponibilidade de produtos como tofu e tempeh em supermercados.

“Os veganos de hoje são modernos urbanos, mães suburbanas, estudantes universitários e até mesmo atletas profissionais”, diz o artigo.

“É muito mais diverso”, diz Isa Chandra Moskowitz, autora de livros de culinária vegana. Isa acrescenta que ser vegano hoje em dia é mais fácil porque existem mais produtos locais disponíveis e modos mais interessantes de cozinhar.

“Não se trata apenas de legumes no vapor, arroz integral e lentilhas”, ela diz.

Veganismo é o vegetarianismo puro e evita qualquer tipo de produto animal, o artigo explica. Veganos éticos tem uma aversão moral a causar mal a animais para consumo humano, seja na dieta ou no vestuário (evita-se couro, por exemplo), embora o termo muitas vezes é usado para descrever pessoas que seguem a dieta e não a filosofia como um todo.

Uma pesquisa de 2009 feita pelo grupo Vegetarian Resource Group estimou que cerca de um por cento dos americanos são veganos, cerca de um terço do número que se diz vegetariano. O mesmo número foi encontrado para americanos entre oito e 18 anos.

O apoio de celebridades é também apontado como fator de difusão do veganismo. O livro sobre veganismo da atriz Alicia Silverstone chegou ao número um dos mais vendidos. Atrizes como Emily Deschanel da série Bones e Lea Michele de Glee têm contribuído para popularizar a filosofia. Entre os homens, Bill Clinton e Mike Tyson são citados.

Além disso, o veganismo é um porto seguro para um número crescente de pessoas preocupadas com a origem da carne vendida em supermercados.

Trajetória

Abster-se de produtos de animais é uma prática antiga em várias culturas mas o veganismo nunca havia conseguido criar raízes na América comedora de carne. Tracye McQuiter, vegana há 23 anos e autora do livro ‘By Any Greens Necessary’, um guiado voltado para mulheres afro-descendentes, diz que as coisas eram diferentes uma década atrás. Embora ela fosse parte de uma comunidade vegana em Washington, sua cidade natal, havia pouco entendimento sobre o assunto, ela ressalta.

“As pessoas não sabiam o que isso significava”, McQuirter disse. “Não haviam muitas opções nas mercearias. Não havia Whole Foods  (rede de supermercados orgânicos). A gente tinha que cozinhar tudo.”

Isso mudou. Mais da metade dos 1.500 chefs entrevistados pela Associação Nacional de Restaurantes para sua lista de tendências em 2011 incluíram entradas veganas como uma tendência quente. As entradas veganas aparecem como opção 76 de uma lista de 226 tendências (ganhando de cervejas orgânicas e sobremesas líquidas). Isso pode ser longe do número um, mas evidencia que o veganismo está indo além de centros urbanos como Nova Iorque e Los Angeles. Algumas redes de restaurantes como Souplantation e Pizza Fusion já marcam ítens veganos em seus menus.

“A gama de opções está aumentando”, diz Roseabb Marulli Rodriguez, do website SuperVegan. “E eu acho que é por isso que mais pessoas estão se tornando veganas; está ficando mais fácil.”

Com informações do WSJ

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