Mais uma vez um espaço dedicado à arte e cultura entra em conflito com o bem estar animal. Porém desta vez trata-se de um caso reciclado já que os animais em questão são os papagaios da exposição de Hélio Oiticica, que causou problemas no Rio de Janeiro no ano passado.
Na ocasião, o desembargador Luiz Felipe Francisco cassou a liminar que havia sido concedida para a exploração dos papagaios na exposição Hélio Oiticica - Museu é o Mundo realizada no Paço Imperial. Ele explicou que os animais sofreriam pois estavam expostos em ambiente hostil com grande circulação de pessoas.
O mesmo se repete em Brasília, onde a exposição em cartaz no Museu Nacional Honestino Guimarães segue até 20 de fevereiro antes de seguir para Belém. Segundo a Dra. Ana Junqueira da WSPA, que averiguou a denúncia, em Brasília as aves se encontram em condições ambientais impróprias, iluminação adequada, ambiente escuro com holofotes, ar condicionado intenso (os animais estavam com as penas arrepiadas durante a visita) e som alto. Eles estão expostos a estímulos permanentes, o que provoca um estresse nítido.
Enquanto o Ibama for conivente com esse tipo de exploração (como é neste caso) nos resta protestar e deixar bem claro que animal não é brinquedo e nem elemento de cena. Independente das condições em que o animal é exposto, a idéia de expô-los (=confiná-los) conflita com seu direito mais básico de ser livre.
Contatos para protesto:
Américo Ribeiro Tunes
Presidente do IBAMA substituto e Diretor da DBFlo - Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas
Nedir Camilo de Oliveira Ferreira
Chefe de Gabinete
Vitória Maria Bulbol Coelho
Assessora do Presidente
Clemeson José Pinheiro da Silva
Coordenador-geral de Autorização de Uso e Gestão de Fauna e Recursos Pesqueiros
Vitor Hugo Cantarelli
Coordenador de Gestão do Uso de Espécies de Fauna
Luiz Eduardo Nunes
Superintendente do IBAMA no Distrito Federal
Denúncia do IBAMA Linha Verde
linhaverde.sede@ibama.gov.br
Um comentário:
Tenho minha "teoria" para expressões artísticas que abusam de animais: os seus criadores querem holofotes e mídia gratuita, sem precisar pagar por matéria em jornais e revistas.
Só pode ser isso!
Coloquem papagaios/animais de papel, argila ou espuma. A leitura da obra será a mesma, pois é interpretativa.
Imagina se Rafael, Caravaggio, da Vinci e Rodin precisaram colocar animais vivos e em situações abusivas a sua integridade física e emocional para suas obras, lindas e tocantes, fazerem sucesso.
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