12 de nov. de 2010

Empresa de brinquedos usa violência contra animais como conceito

Uma empresa inglesa chamada Roadkill, uma expressão que se refere aos animais acidentalmente mortos por carros em estradas, vende bonecos que simulam os corpos dos animais amassados, com as entranhas escapulindo e olhos esbugalhados.

É óbvio que o que eles querem fazer é algum tipo de humor negro, mas infelizmente eles calcularam errado as possíveis conseqüências de fazer marketing em cima do sofrimento e morte de outros seres.

O maior problema é a maneira como a empresa faz seu marketing. Em um dos vídeos de promoção da empresa um menino compra um coelho de um pet shop e depois o joga de um viaduto. Quando a câmera foca no corpo, o que se vê é um brinquedo Roadkill, contradizendo de cheio a idéia de que o animal morreu ‘por acidente’.

Até mesmo uma postagem do blog Vírgula notou que o marketing dessa empresa vai longe demais: “Alguns [vídeos] são de gosto um pouco duvidoso e não nos espantaria se acabassem virando alvo de organizações de defesa dos animais. Afinal de contas, bichinho de pelúcia tudo bem, mas não é para ninguém sair por aí jogando coelhinhos na estrada, né?”

Bichinho de pelúcia realmente tudo bem, mas não bichinhos amassados por uma máquina que invade cada vez mais o habitat de animais silvestres.

Os hipócritas da Roadkill tem a audácia de dizer em seu website que gostam de animais e que fazem doações para a WWF e RSPCA. Recentemente eles adotaram um urso polar, eles dizem.

Eu imagino que as pessoas por trás dessa empresa se acham o supra-sumo da ironia, mas eles não passam de irresponsáveis promovendo violência junto a um público jovem e altamente impressionável.

Roadkill é o equivalente de fazer a "Barbie Estuprada" para vender para meninas.


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2 comentários:

Paula RB. disse...

Tenho pena (e repúdio) que até para anunciar o produto a empresa aceite algo tão sádico e de gosto duvidoso como marketing.

Mas... um produto sem ética merece um marketing sem ethos. Realmente!

Fernanda Tavares Rodrigues disse...

putz... que absurdo ! repugnante ...