Durante a 25ª reunião da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE 2010) que ocorreu na semana passada, a abertura do evento foi feita com uma defesa do uso de animais em pesquisas científicas.
Foi exibido o vídeo da campanha do Ministério de Ciência e Tecnologia enquanto Marcelo Morales, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), comentou o projeto.
Marcelo é membro do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), que apesar da descrição, efetivamente trabalha para promover a tortura de animais em laboratórios. Ele disse que é preciso “conscientizar a população brasileira sobre o uso de cobaias”.
Uma das informações mais alarmantes que veio do encontro foi que a campanha incluirá cartilhas a serem distribuídas entre estudantes de escolas públicas e uso de teatro para defender e justificar a utilização de animais nas experimentações.
O que esses biólogos e jovens cientistas parecem não entender é que existem alternativas éticas para uma pesquisa compassiva que não vê em outros seres vivos meros modelos de experimentação e que, com esse comportamento retrógrado, estão também violando os direitos animais. O projeto de infiltrar escolas públicas com propaganda pró-vivissecção é algo sinistro, pernicioso, típico de uma suposta ciência estagnada no tempo, e que vai na contramão da ética científica que se arraiga mundo afora graças à pressão da sociedade civil.
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