Que a expressão ‘abate humanitário’ é um oxímoro, isso qualquer vegano já sabe. Mas como muitas organizações que supostamente defendem animais apoiam esse golpe de marketing da indústria de exploração, é importante esclarecer o público que se deixa levar por essa mentira.
A ONG inglesa AnimalAid filmou com uma câmera escondida entre 19 de outubro e 03 novembro de 2009 o que acontecia na Tom Lang Ltd, em Ashburton, Devon. O matadouro é certificado pela Soil Association, o selo orgânico mais respeitado na Grã-Bretanha. E durante esse tempo, o que o investigador registrou foram animais sendo chutados, lançados a distância e apanhando. Alguns deles não foram atordoados como manda a cartilha do chamado ‘abate humanitário’ e até mesmo decapitados ainda vivos.
A ONG informa em um press-release que três funcionários foram suspensos e os órgãos oficiais já se manifestaram para apontar o dedo a essa empresa pega ‘em flagrante’. O jornal de maior circulação da Inglaterra cobriu o assunto com uma matéria de destaque. Mas apesar disso, milhões de animais continuarão a ser enviados para esse destino de horror, tudo isso para encher os bolsos de alguns e o paladar corrompido de muitos.
A reação correta para essa tipo de investigação não é pedir que se instale métodos de monitoramento de matadouros. Isso não vai resolver nada porque o problema é filosófico e não apenas logístico. Enquanto os animais são tratados como propriedade alheia, é impossível esperar que eles sejam respeitados, principalmente por pessoas embrutecidas por ofício tão esdrúxulo.
O saldo positivo dessa investigação é que ela ajuda a destroir o mito do abate humanitário. Se você acha essa situação revoltante, faça a sua parte para pôr um fim a ela e torne-se vegano. Ao ajudar a diminuir a demanda por produtos animais, você contribui para que um dia vivamos em mundo sem matadouros.
Vídeo feito em matadouro de certificação orgânica na Inglaterra:
Um comentário:
se não tem nenhum respeito pela qualidade de vida dos animais de granjas e abatedouros, para mim, é muita inocência, quiçá, crer demais na conduta alheia, que animais são abatidos de forma não violenta.
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