Repassando ...
"Eu às vezes fico pensando em como seria se os brasileiros falassem. Se protestassem contra o que lhes fazem, se fizessem discursos indignados em todas as filas de matadouro, se cobrassem com veemência uma participação em tudo o que produzem para enriquecer os outros, reagissem a todas as mentiras que lhes dizem, reclamassem tudo que lhes foi negado e sonegado e se negassem a continuar sendo devorados, rotineiramente, em silêncio. Não é da sua natureza, eu sei, só estou especulando. Ainda seriam dominados por quem domina a linguagem e, além de tudo, sabe que fala mais alto o que nem boca tem, o dinheiro. Mas pelo menos não os comeriam com a mesma empáfia".
Luis Fernando Veríssimo, O Mundo Bárbaro.
Não é nenhum segredo que todos os anos a frota baleeira norueguesa mata cerca de 800 baleias. Enquanto o Japão esconde suas atividades ilícitas debaixo do disfarce de "pesquisa científica", os noruegueses desafiam a moratória da caça comercial escancaradamente.
A baleia franca é um dos maiores cetáceos existentes, e é a segunda espécie de baleias mais ameaçada de extinção do planeta. Estima-se que existam atualmente apenas sete mil animais pelo mundo. No Brasil as baleias francas foram caçadas até meados da década de 70 na região de Santa Catarina, que conseqüentemente é um dos lugares procurados pelas baleias francas para reprodução. Apesar da caça comercial as baleias em Santa Catarina ter se estendido ate 1973, na Paraíba ela continuou ativa pelos japoneses, até 1985.
Mas o fim da caça comercial no Brasil não foi o suficiente para reverter o dano que o homem causou as populações locais das baleias francas. Ambientalistas como José Truda Palazzo, cofundador do Projeto Baleia Franca e atual presidente honorário do Instituto Sea Shepherd Brasil, lutaram pela preservação e proteção desta espécie de diversas formas.
Leia a íntegra de como baleias em Santa Catarina são alvo de estrangeiras
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