5 de dez. de 2009

Acadêmica americana diz que Mark Twain foi um dos precursores do bem estar animal em seu país

Eu passei minha infância lendo seus livros. E agora eu tenho mais motivo ainda para gostar dele ...

Shelley Fisher Fishkin, professora da Universidade de Stanford, diz que o escritor Mark Twain, autor de clássicos como As Aventuras de Tom Sawyer (1876), foi o primeiro americano prominente a dar seu apoio como figura pública ao movimento pelo bem estar animal. Em seu novo livro, Mark Twain’s Book Of Animals (tradução livre: O Livro de Animais de Mark Twain), Fishkin examina como o fascínio de Twain por animais, e seu trabalho de defesa por eles, se revela em muitos dos seus trabalhos.


O livro inclui uma ampla coletânea do trabalho de Twain, entre contos, crônicas de viagem e cartas privadas. Também inclui a famosa polêmica que Twain escreveu contra vivissecção que mais tarde foi usada como um manifesto pelos antivivissecionistas mundo a fora.

Segundo a autora, no trabalhos incluidos em seu livro “nós vemos o lado mais lúdico e filosófico de Twain, o mais sentimental e sarcástico. Nós o vemos se divertindo e pulsando com raiva.”

Dos animais referenciados por Twain estão os familiars (cães, gatos, cavalos e pássaros) e os “exóticos” (ornitorrinco, martin pescador e moscas Tse Tse). Gatos pareciam ser seus animais favoritos. Ele os admirava por sua independência e o fato de que eles eram os únicos animais que conseguiam ludribiar o chicote humano.

Twain se recusava a colocar o humano no ápice do criação. Ao contrário, Twain classificava os humanos como “o animal mais baixo. O homem é o animal cujo rosto cora de vergonha. Ele é o único que o faz ou tem motivo para o fazer”.

Twain escreve sobre crueldade com animais em vários contextos, criticando por exemplo a insensibilidade na exploração de animais em esporte ou entretenimento. Twain pode ter sido o primeiro americano a chamar atenção a brutalidade das rinhas de galo, que ele descreve em detalhes gráficos.

Ele também expressou desprezo pela caça e escreveu apaixonadamente contra touradas no pequeno romance A Horse’s Tale (A Estória de um Cavalo). Ele também escreveu um perfil do fundador da ASPCA, Henry Bergh, um ano após a fundação da organização, no qual ele testemunhou e relatou o protesto que Bergh fez contra o gerente de um teatro sobre o modo como o animal era tratado em uma peça.

Mas de todas as formas de crueldade animal contra as quais Twain se manifestou, foi contra a vivissecção que ele teve mais impacto e pela qual ele é lembrado em seu ativismo pelos animais.



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