Um filme produzido pela ONG inglesa The Captive Animals’ Protection Society, que trabalha especificamente para liberar animais mantidos em cativeiro, mostra os problemas psicológicos e físicos desenvolvidos por animais em zoológicos. O filme, chamado No Place Like Home (tradução livre: Nada Como a Nossa Casa) foca em zoológicos britânicos, tidos como os ‘melhores’ do mundo, e assim prova que não existe zoológico bom. O filme também inclui cenas de aquários e parques de safari.
Narrado por Sally Banks, viúva do parlamentar Tony Banks, o filme mostra um gorila repetidamente regurgitando sua comida e a comendo. Mostra também vários casos de comportamentos estereotipados, falta de espaço e estímulo para os animais. Em muitos zoológicos, os animais ainda são usados como ‘performers’. Por exemplo, leões marinhos equilibrando bolas, elefantes e papagaios fazendo pequenos truques. Os zoológicos foram escolhidos aleatoriamente e alguns deles estão na lista dos ‘melhores’.
No Place Like Home compara imagens de animais em cativeiro com imagens de animais vivendo em seus habitats naturais. O filme aconselha que as pessoas tenham contato com a vida selvagem em sua própria área e que apoiem projetos de conservação e restauração de habitats naturais.
Trailer de No Place Like Home
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Um comentário:
É quase impossível assistir as cenas e não escrever algo sobre. Nem vou discursar, já que fiz isso em vários posts anteriores, contudo sinto que estamos, pelo menos, caminhando para um debate sobre o tema zoológicos e isso é bastante significativo, pois não acredito que se fizesse isso, ou pensasse nisso, 15 anos atrás.
Para mim há 2 grandes obstáculos a ultrapassar, que seriam de fazer uma população mundial inteira aceitar que ir a zoológicos não é diversão educativa e familiar de domingo e a outra seria que a consumação dessa instituição criaria desemprego aos funcionários (teclo isso pensando mais nos do Brasil e do restante).
Creio que as pessoas não compreendem, pelo menos a fatia da sociedade que mais visita os zoológicos no Brasil, que isso traz problemas físicos e psíquicos aos que estão lá confinados, já que essa fatia citada costuma ser aquela que compra aves (principalmente araras, tucanos e papagaios) e possui vários outros animais presos em seus quintais. Aceito que essa fatia, que troca praia por ida ao zoológico, também seria aquela que mais diria não ter como “ver” animais a não ser dessa maneira e que os mais abastados teriam como viajar a santuários de pesquisas para apreciar a vida natural em seu melhor estado.
É um trabalho pedagógico muito restrito ao ambiente de zoológicos e escolares para que futuras gerações não só entendam o que ali se passa, como crie condições de pedir seu término em troca de centros de pesquisas na natureza.
Esse trabalho de conscientização, que zoológicos são locais de privação de espaço completo, de voyerismo, de incapacitação, de confinamento, de tristeza e gerador de problemas psíquicos, deve ser uma proposta mundial pois periga que cidadãos viajem para locais que ainda tenham zoológicos e esses trabalhariam na clandestinidade, ou seja, o trabalho precisa ser planejado em todas as vertentes.
E outro mote, seria o de profissionais que atuam nos zoológicos serem remanejados a outros órgãos sem perdas salariais, isonomias e com recompensas, porquanto a maioria lá instalada crê, piamente, que seu ganha-pão não gera sofrer e tristeza, mas sim pesquisas, educação ambiental e conservação (evidentemente nenhum funcionário diria o contrário, uma vez que estaria o seu quinhão em jogo).
Contudo, não devemos esmorecer ou titubear em cobrar que esse tipo de instituição tenha seu encerramento o mais breve possível.
Caro Lobo, peço desculpas por ter alongado meu comentário, porem esse é um assunto que me interessa demais e sobre o qual escrevi dissertações.
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