O caso do homem na Nova Zelândia que matou seu próprio cão para fazer churrasco nos dá um exemplo perfeito da atitude paradoxal que as pessoas têm em relação aos animais. O caso causou furor mundo a fora, não pelo fato desse homem ter comido um animal, mas simplesmente porque esse animal era um cão.
Obviamente, eu acho a atitude desse homem monstruosa e gostaria que ele fosse punido por ele (não haverá punição porque não existe lei para esse tipo de caso). Mas as mesmas pessoas que se horrorizam com isso em grande parte não teriam o menor problema com uma pessoa que criou um porco, uma galinha, uma vaca, uma ovelha ou um peixe e, depois de conviver com esse animal, um dia tirar sua vida para o comer. Por quê a diferença se todos esses animais têm a mesma capacidade de sentir dor e sofrer?
Eu convido aqui a todos a refletir sobre o fato que, a carne empacotada no supermercado é um pedaço de um animal que passou por um abate tão horrível, ou até mais horrível, do que o cão em questão. Esse cão provavelmente não teve que ser transportado até o matadouro e suportado a agonia da espera do momento de execução. Comer carne culturalmente aceita não é moralmente mais justificável do que comer a carne de um animal de estimação. Não existe justificativa nutricional para se comer produtos animais (aliás, existe cada vez mais evidência que produtos animais fazem mal para a saúde) portanto a única desculpa de quem come produtos animais é o seu próprio prazer.
Esse link leva até um vídeo que mostra a realidade dos momentos finais de um animal no matadouro e inclui cenas gráficas de violência, portanto fique avisado. Mas para quem acha que a carne, leite e ovos aparecem miraculosamente na prateleira, esse vídeo pode ajudar a remover o véu da ignorância auto-imposta.
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