29 de abr. de 2009

Suprema corte americana revê lei que rege imagens de crueldades contra animais

A suprema corte americana recentemente anunciou que vai rever uma lei que desfez uma legislação de dez anos que proibe a venda de videos mostrando atos de extrema crueldade contra animais. O pedido de revisão foi feito pela Humane Society of the United States, uma organização de proteção animal. Uma decisão controversa tomada pela corte de apelos na Filadélfia tornou nula a lei que havia condenado Robert Stevens por vender videos de rinhas de cães.

Essa lei, aprovada em 1999, proibia a criação, venda e posse de materiais mostrando crueldade animal e ajudou as autoridades americanas estourar operações de rinhas de cães, nas quais os animais “lutam até a morte para a diversão dos espectadores”, disse a Humane Society.

A corte que absolveu Stevens disse que a veiculação de tais imagens eram protegidas pela lei de discurso livre da constituição americana. A Humane Society rebate que videos de animais sendo torturados não são discurso protegido e impedir crueldade contra animais está no interesse do estado.

A Humane Society disse ainda que a mesma lei acabou com o mercado de videos conhecido como “animal crush” que mostram mulheres de salto alto esmagando e impalando filhotes de cães, gatos e outras espécies. Desde a decisão de revogar a lei, esses vídeos voltaram a circular, informou a organização.

“Nós não permitiríamos a venda de videos mostrando abuso de crianças e assassinato encenados com a intenção expressa de vendar vídeos … e os mesmos princípios legais se aplicam aos atos de crueldade animal” disse Wayna Pacelle, presidente da Humane Society.


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