Uma notícia divulgada pela agência Ansa sobre a relação do vegetarianismo com sexo me chamou a atenção. O título da matéria diz, com certo alarme, que vegetarianismo “pode ter efeito negativo” no sexo. Mas ao ler a matéria, baseada em declarações que o médico italiano Nicola Mondaini fez durante a apresentação da Semana da Andrologia Preventiva, que acontece de 23 a 28 de março em Milão, a estória é outra.
Mondaini disse que "ser vegetariano não significa ter necessariamente boa saúde, tudo depende daquilo que se come". Isso nos já sabíamos: uma pessoa que vive, por exemplo, de batata frita não vai gozar de boa saúde, obviamente. O médico aconselha contra o excesso de frituras, o que também é um axioma culinário. Há uma menção de zinco também, que é um mineral importante para cicatrização, mas que pode ser obtido facilmente de sementes, principalmente semente de abóbora.
Então por que a manchete sobre sexo? No último parágrafo Mondaini sugere a tal dieta mediterrânea como a melhor porque “determina efeitos positivos também na esfera sexual, com um aumento da testosterona, controle do colesterol e um aumento da atividade antioxidante”. Não é dada explicação porque esse é o caso, nem de que consiste essa dieta e nem porque isso tem qualquer coisa que ver com vegetarianismo.
Isso é um tipo de jornalismo muito preguiçoso e manipulativo, que usa do medo da impotência sexual para chamar atenção. Será que essa agência tem algum problema com o vegetarianismo? Ou será que eles não tinham nada para escrever e resolverem criar algo ‘impactante’? Na verdade é uma matéria sobre nada mas que pode causar dano.
Mondaini disse que "ser vegetariano não significa ter necessariamente boa saúde, tudo depende daquilo que se come". Isso nos já sabíamos: uma pessoa que vive, por exemplo, de batata frita não vai gozar de boa saúde, obviamente. O médico aconselha contra o excesso de frituras, o que também é um axioma culinário. Há uma menção de zinco também, que é um mineral importante para cicatrização, mas que pode ser obtido facilmente de sementes, principalmente semente de abóbora.
Então por que a manchete sobre sexo? No último parágrafo Mondaini sugere a tal dieta mediterrânea como a melhor porque “determina efeitos positivos também na esfera sexual, com um aumento da testosterona, controle do colesterol e um aumento da atividade antioxidante”. Não é dada explicação porque esse é o caso, nem de que consiste essa dieta e nem porque isso tem qualquer coisa que ver com vegetarianismo.
Isso é um tipo de jornalismo muito preguiçoso e manipulativo, que usa do medo da impotência sexual para chamar atenção. Será que essa agência tem algum problema com o vegetarianismo? Ou será que eles não tinham nada para escrever e resolverem criar algo ‘impactante’? Na verdade é uma matéria sobre nada mas que pode causar dano.
4 comentários:
Bom, sou vegetariano apeas há 6 meses. Mas garanto que minha noiva não tem nada a reclamar... ;)
Jornalismo direcionado, com certeza.
Obrigado pelo comentario Daniel e parabens pela escolha de tornar-se vegetariano. Fico feliz de saber que mais uma pessoa fez essa opcao. Grande abraco, Lobo
Não devia nem ser chamado de jornalismo, né?
Beijão.
Jornalismo marrom, não é assim que chamam. Sou super simpatizante da causa, mas não consegui ainda tirar toda a carne.
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