AnimalAid e Viva!, duas organizações veganas de direitos animais na Inglaterra, juntaram forças para promover no dia 14 de fevereiro um dia de ação pelos porcos chamado Have a Heart for British Pigs. Ambas tem ao longo dos anos realizado investigações que mostram as condições deploráveis das fazendas de suínos que contradizem a falsa propaganda que os padrões de bem-estar na Inglaterra são mais altos do que no resto da Europa. A data coincide com o dia dos namorados no país.
A ação é motivada pelo recente aumento de vendas de carne de porco desde que o chef televisual Jamie Oliver aconselhou seus espectadores a comer carne nacional. Segundo o blog Food For Change, algumas tipos de carne de porco viram as vendas aumentar até 270 por cento desde que o programa foi ao ar. “Como pode um chef que se diz preocupado com a saúde da população promover uma comida que está fortemente ligada à problemas cardíacos, obesidade e câncer? Salsichas, bacon e outras carnes processadas são tão danosas à saúde que o World Cancer Research Fund avisou que não existe um nível seguro de consumo”, questiona o blog.
O debate mostra o dano que campanhas bem-estaristas podem fazer. A estória foi iniciada pela organização Compassion In World Farming (CIWF), que promove a chamada ‘carne feliz’ e ovos de galinhas criadas ‘soltas’. Recentemente a CIWF conseguiu espaço na mídia para denunciar a suinocultura européia e tipicamente elogiar os padrões ingleses de exploração animal, o que resultou nesse programa de Jamie Oliver e, catastroficamente, no aumento de venda de cadáver de porcos. Essa é uma ONG que se diz preocupada com o bem-estar animal. Essa mesma organização promove o consumo interno de vitela inglesa. Com amigos como esses, quem precisa de inimigos?
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