O que pensaríamos da polícia se ela pedisse para os ladrões de banco que em vez de roubarem nas capitais passassem a roubar somente no interior do país? Isso é exatamente o que os Estados Unidos estão propondo ao Japão para as suas operações criminais contra as baleias.
Num esforço de reduzir a matança ilegal de baleias no Santuário das Baleias do Oceano Meridional, William Hogarth, apontado pela Comissão Internacional de Baleias por George W. Bush e hoje Presidente do Conselho da CIB, esta recomendando que em troca de uma cota “reduzida” do Japão no Oceano Meridional, que o Japão seja permitido uma cota comercial legalizada no seu litoral.
O Comércio de baleias é ilegal. Matar baleias ameaçadas de extinção é ilegal. Matar baleias num santuário de baleias num estabelecimento internacional é ilegal. Matar baleias nas águas da Antártica é ilegal. Matar baleias no território Ártico da Austrália é ilegal. Reabastecer navios baleeiros na Zona de Tratado da Antártica também é ilegal.
O Japão está violando a Convenção do Comércio de Espécies em Extinção (CITES) (Convention on Trade in Endangered Species), o Tratado da Antártica e os Regulamentos da Comissão Internacional de Baleias. Está também violando os regulamentos do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e desprezando uma Ordem da Corte Australiana que proíbe caçar baleias no Território Antártico Australiano.
Mesmo assim parece haver uma completa negação das ações ilegais japonesas. O Greenpeace está mais preocupado com tripulantes da indústria baleeira roubando carne de baleia do que a violação de leis internacionais. Os membros da Comissão Internacional de Baleias (IWC – International Whaling Comission) parecem estar mais preocupados com a Sea Shepherd jogando manteiga estragada nos navios baleeiros, pois esquecem que esses navios estão violando todas as leis internacionais. A Austrália parece estar mais preocupada com as atividades da Sea Sherpherd para interromper a caça de baleias do que com as atividades ilegais da caça de baleias feita pelo Japão.
A caça japonesa de baleias no Oceano Meridional está violando os regulamentos do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e ainda assim, todos os anos o Presidente apenas envia uma “carta com fortes palavras de protesto” ao Japão ao invés de sancioná-lo. E faz vinte anos que o Japão ignora essas cartas.
A Austrália promete ações legais e depois volta atrás escolhendo fazer nada, optando pela diplomacia e, como sabemos diplomacia com o Japão tem falhado completamente por vinte e dois anos.
Se o Japão fosse um país pobre, de terceiro mundo, ele não sairia ileso dessa matança ilegal. Ele seria pego pelo pescoço e chutado pra fora do Santuário das Baleias do Oceano Meridional.
Por que ninguém entende a palavra “santuário”?
Não há diferença alguma entre a caça de baleia do Japão e a matança dos gorilas da montanha ou das girafas no Congo. Todos são formas de caça ilegal. Não há diferença entre a matança de baleias e a caça clandestina dos elefantes. Ambas são atividades ilegais.
Na África, quando os guardas florestais atiram para matar os caçadores de elefantes, o mundo aplaude. No Oceano Meridional, nós interrompemos a caça às baleias com manteiga podre e os governos nos culpam de extremistas, e os japoneses nos chamam de terroristas. Balas são justificáveis para matar caçadores negros na África, mas manteiga podre é “muito extremo” para os caçadores japoneses.
Por que essa exceção especial para o Japão?Num esforço de reduzir a matança ilegal de baleias no Santuário das Baleias do Oceano Meridional, William Hogarth, apontado pela Comissão Internacional de Baleias por George W. Bush e hoje Presidente do Conselho da CIB, esta recomendando que em troca de uma cota “reduzida” do Japão no Oceano Meridional, que o Japão seja permitido uma cota comercial legalizada no seu litoral.
O Comércio de baleias é ilegal. Matar baleias ameaçadas de extinção é ilegal. Matar baleias num santuário de baleias num estabelecimento internacional é ilegal. Matar baleias nas águas da Antártica é ilegal. Matar baleias no território Ártico da Austrália é ilegal. Reabastecer navios baleeiros na Zona de Tratado da Antártica também é ilegal.
O Japão está violando a Convenção do Comércio de Espécies em Extinção (CITES) (Convention on Trade in Endangered Species), o Tratado da Antártica e os Regulamentos da Comissão Internacional de Baleias. Está também violando os regulamentos do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e desprezando uma Ordem da Corte Australiana que proíbe caçar baleias no Território Antártico Australiano.
Mesmo assim parece haver uma completa negação das ações ilegais japonesas. O Greenpeace está mais preocupado com tripulantes da indústria baleeira roubando carne de baleia do que a violação de leis internacionais. Os membros da Comissão Internacional de Baleias (IWC – International Whaling Comission) parecem estar mais preocupados com a Sea Shepherd jogando manteiga estragada nos navios baleeiros, pois esquecem que esses navios estão violando todas as leis internacionais. A Austrália parece estar mais preocupada com as atividades da Sea Sherpherd para interromper a caça de baleias do que com as atividades ilegais da caça de baleias feita pelo Japão.
A caça japonesa de baleias no Oceano Meridional está violando os regulamentos do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e ainda assim, todos os anos o Presidente apenas envia uma “carta com fortes palavras de protesto” ao Japão ao invés de sancioná-lo. E faz vinte anos que o Japão ignora essas cartas.
A Austrália promete ações legais e depois volta atrás escolhendo fazer nada, optando pela diplomacia e, como sabemos diplomacia com o Japão tem falhado completamente por vinte e dois anos.
Se o Japão fosse um país pobre, de terceiro mundo, ele não sairia ileso dessa matança ilegal. Ele seria pego pelo pescoço e chutado pra fora do Santuário das Baleias do Oceano Meridional.
Por que ninguém entende a palavra “santuário”?
Não há diferença alguma entre a caça de baleia do Japão e a matança dos gorilas da montanha ou das girafas no Congo. Todos são formas de caça ilegal. Não há diferença entre a matança de baleias e a caça clandestina dos elefantes. Ambas são atividades ilegais.
Na África, quando os guardas florestais atiram para matar os caçadores de elefantes, o mundo aplaude. No Oceano Meridional, nós interrompemos a caça às baleias com manteiga podre e os governos nos culpam de extremistas, e os japoneses nos chamam de terroristas. Balas são justificáveis para matar caçadores negros na África, mas manteiga podre é “muito extremo” para os caçadores japoneses.
A resposta é simples, é claro. As leis internacionais são para serem usadas a fim de manter as nações pobres em linha e não para serem usadas contra os super poderes das economias ricas. A lei internacional é feita para manter nações pobres, pobres, e nações ricas, ricas. As nações européias podem ilegalmente jogar materiais tóxicos e radioativos nas águas da Somália e pescadores europeus saquear peixes das águas de todo território africano e o mundo finge que não vê. Porém quando um pobre pescador da Somália, vítima da sobre pesca européia, aborda um navio petroleiro, os superpoderosos do mundo gritam terrorismo e se apressam para disciplinar os “piratas”.
Em nome do lucro, nossos oceanos estão sendo saqueados e espécies inteiras de peixes, gaivotas e mamíferos marinhos estão ameaçados de extinção. A demanda pela barbatana de tubarão, carne de baleia, atum azul, merluza-negra e tantas outras espécies é muito mais valorizada do que a sobrevivência delas.
Para que servem as leis de conservação se essas leis são ignoradas? Para que serve os governos enviarem seus representantes às despesas de impostos pagos pelo povo, para extravagantes conferências internacionais a fim de fazerem leis que todos ignoram?
Durante a reunião da Comissão Internacional de Baleias em Santiago, em junho de 2008, todos os delegados, para o agrado do Japão, concordaram em discordar. Nada foi falado ou feito sobre a caça às baleias. A única coisa em que os delegados concordaram foi condenar a Sea Shepherd Conservation Society por jogar manteiga podre no convés dos navios baleeiros japoneses. Na verdade, a única organização não governamental que já fez alguma coisa para se fazer cumprir os regulamentos da Comissão Internacional de Baleias é a Sea Shepherd Conservation Society e nós somos a única organização não governamental banida por atender às reuniões anuais. Os governos não parecem querer resolver os problemas. Eles querem aparentar a ilusão de resolvê-los. O governo da Austrália quer que o povo australiano acredite que está fazendo algo para solucionar os problemas, mas eles realmente não querem resolver nada.
Ao contrário do que os críticos dizem, a Sea Shepherd Conservation Society tem atuado dentro dos requisitos da lei desde que foi fundada em 1977. Prova disso é que por mais de três décadas de atuação nós nunca fomos culpados de crimes dolosos. Nunca fomos processados. Com muito êxito processamos empresas por violarem a lei. Nós nunca ferimos ninguém. Mesmo assim empresas de relações públicas dos saqueadores criminais de nossos oceanos constantemente bombardeiam com propagandas, nos acusando de sermos criminosos e terroristas enquanto que eles mesmos violentamente destroem o planeta.
Isso é absolutamente loucura, e tem tirado toda minha paciência formando estratégias que fiquem dentro dos limites da lei por décadas, enquanto que uma parte de mim simplesmente quer se vingar pelas milhares de mortes em nossos oceanos e pela destruição dos habitats marinhos. Nós temos atuado responsavelmente, cuidadosamente e com praticidade ao longo dos anos, indo até o máximo, fazendo tudo que é possível até onde a lei e a moralidade nos permite ir. E vamos continuar. Mas eu temo que sejamos impedidos cada vez mais e que as leis serão mais rigorosas pelos interesses especiais para proteger os lucros e não os recursos, para proteger os lucros acima dos direitos humanos e os direitos da natureza.
Enquanto os recursos diminuem eu vejo que a oposição a esta exploração esta sendo etiquetada como “terroristas”. Todas as tentativas de salvar os oceanos, florestas nosso meio ambiente são etiquetadas como “crimes contra a humanidade”.
Nossos oceanos alcançaram seus limites de recursos. Os peixes não podem procriar rápido o suficiente para manter nossa demanda, enquanto dizimamos uma espécie nos interessamos por outra, ajudando na extinção comercial. Pescando mais do que precisamos, o aquecimento global, a acidificação dos mares, o depósito de lixo no oceano, produtos químicos tóxicos, materiais radioativos, e tantos outros problemas causados pelos humanos somam à falta de controle do crescimento populacional.
Estamos presos num padrão de autodestruição. Sabemos quais são os problemas, porém somos egoístas de mais. Nós, como espécie, queremos comer uma boa comida, comidas exóticas, dirigir nossos carros, voar em aviões, viajar em iates, pescar, pôr armadilhas, caçar, desmatar, ter um computador, usar roupas da moda etc., esquecendo o preço ecológico que temos que pagar por esse luxo.
E fazemos tudo isso inocentemente. A vontade de ter crianças é natural e inofensivo, exceto quando sete bilhões de pessoas fazem a mesma coisa. Cortar árvores para a construção de casas é natural, exceto quando sete bilhões de pessoas precisam cortar árvores para construir casas e produzir papel higiênico. A vontade de pescar é normal exceto quando sete bilhões de pessoas querem fazer isto.
Por onde começar?Durante a reunião da Comissão Internacional de Baleias em Santiago, em junho de 2008, todos os delegados, para o agrado do Japão, concordaram em discordar. Nada foi falado ou feito sobre a caça às baleias. A única coisa em que os delegados concordaram foi condenar a Sea Shepherd Conservation Society por jogar manteiga podre no convés dos navios baleeiros japoneses. Na verdade, a única organização não governamental que já fez alguma coisa para se fazer cumprir os regulamentos da Comissão Internacional de Baleias é a Sea Shepherd Conservation Society e nós somos a única organização não governamental banida por atender às reuniões anuais. Os governos não parecem querer resolver os problemas. Eles querem aparentar a ilusão de resolvê-los. O governo da Austrália quer que o povo australiano acredite que está fazendo algo para solucionar os problemas, mas eles realmente não querem resolver nada.
Ao contrário do que os críticos dizem, a Sea Shepherd Conservation Society tem atuado dentro dos requisitos da lei desde que foi fundada em 1977. Prova disso é que por mais de três décadas de atuação nós nunca fomos culpados de crimes dolosos. Nunca fomos processados. Com muito êxito processamos empresas por violarem a lei. Nós nunca ferimos ninguém. Mesmo assim empresas de relações públicas dos saqueadores criminais de nossos oceanos constantemente bombardeiam com propagandas, nos acusando de sermos criminosos e terroristas enquanto que eles mesmos violentamente destroem o planeta.
Isso é absolutamente loucura, e tem tirado toda minha paciência formando estratégias que fiquem dentro dos limites da lei por décadas, enquanto que uma parte de mim simplesmente quer se vingar pelas milhares de mortes em nossos oceanos e pela destruição dos habitats marinhos. Nós temos atuado responsavelmente, cuidadosamente e com praticidade ao longo dos anos, indo até o máximo, fazendo tudo que é possível até onde a lei e a moralidade nos permite ir. E vamos continuar. Mas eu temo que sejamos impedidos cada vez mais e que as leis serão mais rigorosas pelos interesses especiais para proteger os lucros e não os recursos, para proteger os lucros acima dos direitos humanos e os direitos da natureza.
Enquanto os recursos diminuem eu vejo que a oposição a esta exploração esta sendo etiquetada como “terroristas”. Todas as tentativas de salvar os oceanos, florestas nosso meio ambiente são etiquetadas como “crimes contra a humanidade”.
Nossos oceanos alcançaram seus limites de recursos. Os peixes não podem procriar rápido o suficiente para manter nossa demanda, enquanto dizimamos uma espécie nos interessamos por outra, ajudando na extinção comercial. Pescando mais do que precisamos, o aquecimento global, a acidificação dos mares, o depósito de lixo no oceano, produtos químicos tóxicos, materiais radioativos, e tantos outros problemas causados pelos humanos somam à falta de controle do crescimento populacional.
Estamos presos num padrão de autodestruição. Sabemos quais são os problemas, porém somos egoístas de mais. Nós, como espécie, queremos comer uma boa comida, comidas exóticas, dirigir nossos carros, voar em aviões, viajar em iates, pescar, pôr armadilhas, caçar, desmatar, ter um computador, usar roupas da moda etc., esquecendo o preço ecológico que temos que pagar por esse luxo.
E fazemos tudo isso inocentemente. A vontade de ter crianças é natural e inofensivo, exceto quando sete bilhões de pessoas fazem a mesma coisa. Cortar árvores para a construção de casas é natural, exceto quando sete bilhões de pessoas precisam cortar árvores para construir casas e produzir papel higiênico. A vontade de pescar é normal exceto quando sete bilhões de pessoas querem fazer isto.
Como saímos desta “esteira de correr” que a sociedade nos impôs desde o dia em que nascemos?
Se nos escondermos e virarmos eremitas, o excesso continua sem nós. A verdade é que não podemos sair deste ônibus.
E como o ônibus do filme “Velocidade Máxima” não podia parar, nós não podemos parar esta “jamanta” que é civilização humana de ir de encontro com o seu destino. Vai ficar sem gasolina, ou vai bater contra a parede.
Mas o que nós podemos fazer é nos recusarmos de ficar sentados como uns passageiros apáticos esperando o acidente acontecer. Nós podemos nos dedicar para tentar diminuir a velocidade do ônibus e tentar um via alternativa para ele. Mas a realidade é que a maioria das pessoas ficarão sentadas no ônibus, vendo filmes e escutando seus I-pods até o ônibus bater contra a parede.
Não precisamos de todo mundo. Nós apenas precisamos de uma minoria forte o suficiente. Pois uma coisa que a história ensina é que todas as revoluções sociais são iniciadas e lideradas por uma pequena minoria. A maioria das pessoas sempre vai de carona.
Eu me admiro as vezes que com sete bilhões de pessoas no planeta, apenas trinta e três está aqui tentando salvar essas baleias das operações de caça ilegais. Trinta e três de nós com apenas poucos mil nos apoiando.
As expectativas estão contra nós. Há algumas centenas de baleeiros aqui com o apoio do Japão, uma nação com cem milhões de pessoas. Eles têm o dinheiro, a maquinaria, os poderes, em pouco tempo eles terão um deck empilhado.
Nós somos limitados em nossas táticas, limitados em nossas finanças e não desfrutamos de apoio de qualquer governo. Por que nos preocuparíamos? O que esperamos alcançar? Eu direi o que e por quê. Estamos aqui em águas longínquas e hostis da Antártica não apenas para defender a vida de baleias, mas para mostrar que poucas pessoas podem fazer a diferença, que nós podemos enfrentar esse destrutivo econômico e ecológico Golias e que podemos derrotá-lo com nada mais que um estilingue.
Nos últimos quatro anos nós temos chutado esse gigante nas canelas, irritando, e o mais importante custando dinheiro a ele. Nós temos salvado mais de mil baleias e estamos focando a atenção do mundo para seus massacres obscenos.
E o mais importante, nós estamos mostrando pela primeira vez na história que as pessoas estão prontas a arriscarem suas vidas e se voluntariarem para uma causa que não seja para a espécie humana e sim contra a voracidade e criminalidade de seus próprios semelhantes.
O que fazemos nunca foi feito antes desde que a humanidade apareceu neste planeta. Pela primeira vez há pessoas falando pelos direitos de espécies não humanas e não apenas falando, mas na realidade lutando na defesa dos direitos dessas espécies.
Não apenas aqui no fim do planeta, mas na África onde as pessoas estão lutando pelos elefantes, em Galápagos onde lutamos pelos tubarões, em Montana onde as pessoas lutam pelos lobos, ou pelas sequóias na Califórnia, ou pelas antigas florestas na Tasmânia ou pelos recifes de corais e peixes, e pássaros, e tartarugas e invertebrados e as plantas em floração pelo mundo a fora.
Nós, na verdade, somos parte do movimento global revolucionário que busca integrar-nos como espécies na harmoniosa rede de diversidade da vida.
Em outras palavras, nós estamos lutando para retornar para o Jardim do Mundo Natural e por causa disso eu faço o que faço, porque esse movimento me traz grande esperança.
Por isso se não fosse por todos vocês aí em busca desses caminhos compassivos, eu nem teria forças para viver em um mundo desconectado da natureza que perdeu sua alma e que perdeu seus valores.
Para a maioria das pessoas que observa complacentemente enquanto o mundo morre em volta delas, eu gostaria de ser capaz de chamar atenção para as palavras de Jesus Cristo que disse, “Perdoe-os, Senhor, pois não sabem o que fazem.”
Infelizmente todos nós hoje em dia sabemos exatamente o que estamos fazendo e se há ignorância, ela é intencional, ignorância deliberada e por causa do horror da destruição do mundo natural, é uma ignorância diabólica.
Não haverá perdão se a insanidade ecológica da humanidade prevalecer. Não haverá perdão porque não existirá mais ninguém para nos perdoar.
No fim, há somente três leis ecológicas básicas que não temos escolha de obedecer. Nenhuma espécie na história do planeta sobreviveu sem estar vivendo de acordo com essas leis.
1. A lei da Diversidade
2. A lei da Interdependência
3. A lei dos Recursos Limitados
Talvez ignoremos as leis de conservação internacional, mas essas três leis nós não poderemos ignorar por muito tempo.
A incoerência com essas leis gera conseqüências.
Será que a Terra sucumbirá ao triunfo de Golias ou seremos nós, Davis, que derrubaremos o gigante antes que seja tarde demais para todos? Tudo que eu sei é que eu tomei meu estilingue e que ainda tenho algumas pedras para usar nessa batalha.
Se nos escondermos e virarmos eremitas, o excesso continua sem nós. A verdade é que não podemos sair deste ônibus.
E como o ônibus do filme “Velocidade Máxima” não podia parar, nós não podemos parar esta “jamanta” que é civilização humana de ir de encontro com o seu destino. Vai ficar sem gasolina, ou vai bater contra a parede.
Mas o que nós podemos fazer é nos recusarmos de ficar sentados como uns passageiros apáticos esperando o acidente acontecer. Nós podemos nos dedicar para tentar diminuir a velocidade do ônibus e tentar um via alternativa para ele. Mas a realidade é que a maioria das pessoas ficarão sentadas no ônibus, vendo filmes e escutando seus I-pods até o ônibus bater contra a parede.
Não precisamos de todo mundo. Nós apenas precisamos de uma minoria forte o suficiente. Pois uma coisa que a história ensina é que todas as revoluções sociais são iniciadas e lideradas por uma pequena minoria. A maioria das pessoas sempre vai de carona.
Eu me admiro as vezes que com sete bilhões de pessoas no planeta, apenas trinta e três está aqui tentando salvar essas baleias das operações de caça ilegais. Trinta e três de nós com apenas poucos mil nos apoiando.
As expectativas estão contra nós. Há algumas centenas de baleeiros aqui com o apoio do Japão, uma nação com cem milhões de pessoas. Eles têm o dinheiro, a maquinaria, os poderes, em pouco tempo eles terão um deck empilhado.
Nós somos limitados em nossas táticas, limitados em nossas finanças e não desfrutamos de apoio de qualquer governo. Por que nos preocuparíamos? O que esperamos alcançar? Eu direi o que e por quê. Estamos aqui em águas longínquas e hostis da Antártica não apenas para defender a vida de baleias, mas para mostrar que poucas pessoas podem fazer a diferença, que nós podemos enfrentar esse destrutivo econômico e ecológico Golias e que podemos derrotá-lo com nada mais que um estilingue.
Nos últimos quatro anos nós temos chutado esse gigante nas canelas, irritando, e o mais importante custando dinheiro a ele. Nós temos salvado mais de mil baleias e estamos focando a atenção do mundo para seus massacres obscenos.
E o mais importante, nós estamos mostrando pela primeira vez na história que as pessoas estão prontas a arriscarem suas vidas e se voluntariarem para uma causa que não seja para a espécie humana e sim contra a voracidade e criminalidade de seus próprios semelhantes.
O que fazemos nunca foi feito antes desde que a humanidade apareceu neste planeta. Pela primeira vez há pessoas falando pelos direitos de espécies não humanas e não apenas falando, mas na realidade lutando na defesa dos direitos dessas espécies.
Não apenas aqui no fim do planeta, mas na África onde as pessoas estão lutando pelos elefantes, em Galápagos onde lutamos pelos tubarões, em Montana onde as pessoas lutam pelos lobos, ou pelas sequóias na Califórnia, ou pelas antigas florestas na Tasmânia ou pelos recifes de corais e peixes, e pássaros, e tartarugas e invertebrados e as plantas em floração pelo mundo a fora.
Nós, na verdade, somos parte do movimento global revolucionário que busca integrar-nos como espécies na harmoniosa rede de diversidade da vida.
Em outras palavras, nós estamos lutando para retornar para o Jardim do Mundo Natural e por causa disso eu faço o que faço, porque esse movimento me traz grande esperança.
Por isso se não fosse por todos vocês aí em busca desses caminhos compassivos, eu nem teria forças para viver em um mundo desconectado da natureza que perdeu sua alma e que perdeu seus valores.
Para a maioria das pessoas que observa complacentemente enquanto o mundo morre em volta delas, eu gostaria de ser capaz de chamar atenção para as palavras de Jesus Cristo que disse, “Perdoe-os, Senhor, pois não sabem o que fazem.”
Infelizmente todos nós hoje em dia sabemos exatamente o que estamos fazendo e se há ignorância, ela é intencional, ignorância deliberada e por causa do horror da destruição do mundo natural, é uma ignorância diabólica.
Não haverá perdão se a insanidade ecológica da humanidade prevalecer. Não haverá perdão porque não existirá mais ninguém para nos perdoar.
No fim, há somente três leis ecológicas básicas que não temos escolha de obedecer. Nenhuma espécie na história do planeta sobreviveu sem estar vivendo de acordo com essas leis.
1. A lei da Diversidade
2. A lei da Interdependência
3. A lei dos Recursos Limitados
Talvez ignoremos as leis de conservação internacional, mas essas três leis nós não poderemos ignorar por muito tempo.
A incoerência com essas leis gera conseqüências.
Será que a Terra sucumbirá ao triunfo de Golias ou seremos nós, Davis, que derrubaremos o gigante antes que seja tarde demais para todos? Tudo que eu sei é que eu tomei meu estilingue e que ainda tenho algumas pedras para usar nessa batalha.
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