23 de nov. de 2025

Ministério da Agricultura libera 30 agrotóxicos durante a COP30

Mapa abriu a porteira para novos componentes químicos, alguns deles proibidos na União Europeia

Não bastasse o Brasil ser o país que mais consome agrotóxicos no mundo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) liberou 30 novos tipos de veneno para uso interno. A autorização, divulgada na última terça-feira (11), um dia após o início da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), é mais exemplo das contradições entre o discurso de defesa ambiental e as decisões políticas influenciadas pelo lobby do agronegócio, como avalia Jakeline Pivato, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

“Enquanto se vende lá fora uma imagem de sustentabilidade, aqui dentro segue essa política de contaminação e de falta de controle”, diz, em entrevista ao Brasil de Fato durante a programação da Cúpula dos Povos, movimento paralelo à programação oficial da COP30, em Belém. “O Brasil segue marcando sua posição de maior consumidor de venenos do mundo. Um mercado que segue em expansão, enquanto a gente está aqui, mundialmente representados, contestando as falsas soluções”.

Na lista dos agrotóxicos liberados pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícola da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Mapa, estão componentes proibidos na União Europeia, onde os limites resíduos extremamente rígidos. Entre as substâncias dos produtos registrados estão a azoxistrobina e a trifloxistrobina, ambas associadas à má-formação fetal e problemas neurológicos. A aprovação inclui um novo tipo de glifosato, associado a potenciais efeitos cancerígenos, reprodutivos e endócrinos.

Também estão entre as substâncias aprovadas clocernapir, S-metolacloro, protioconazol, entre outras, todas com impactos já reconhecidos: toxicidade para peixes e aves, contaminação de águas subterrâneas, resistência de fungos e riscos diretos à saúde humana.

“É um escárnio”, define Paulo Petersen, da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que também participa da programação na Cúpula dos Povos. “É uma mensagem dizendo assim: vocês estão fazendo a COP30, nós vamos lançar 30 agrotóxicos aqui. Não foram 29, não foram 31. Eu acho que isso precisa ser denunciado”, diz.

‘Uso de agrotóxicos está relacionado ao modelo de agricultura’

Na quinta-feira (14), Pivato e Petersen participaram de debates em uma tenda erguida sobre o gramado do Universidade Federal do Pará (UFPA), a poucos metros da beira do rio Guamá, na programação da Cúpula dos Povos. Até o dia 16 de novembro, circularão pelo local mais de 15 mil pessoas, entre indígenas, quilombolas, sem-terras, ribeirinhos e outros tantos povos e comunidades tradicionais que trouxeram, para a cúpula, as suas experiências e denúncias.

Entre os problemas enfrentados por essas populações, está a contaminação por agrotóxicos. Muitas comunidades ficam próximas a lavouras de monocultura – que avança a passos largos no Brasil, onde mais de 70% das áreas de uso agrícola são ocupadas por plantações de commodities, como soja, milho e outros produtos cultivados em larga escala, com uso de agrotóxicos.

Na tenda, uma das áreas organizadas para o debate sobre a agricultura familiar, cartazes e bandeiras dão o recado: agrotóxico mata. “O uso de agrotóxicos está relacionado ao modelo de agricultura, que é o monocultivo. No monocultivo, os agrotóxicos fazem parte daquilo que, entre aspas, é necessário”, ressalta geógrafa Larissa Mies Bombardi, pesquisadora do Laboratório de Agroecologia da ULB (Universidade Livre de Bruxelas) e autora do “Atlas Geográfico do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia”.

Na terça-feira pela manhã, a pesquisadora participou de um ato alertando para a necessidade do banimento dos HHPs, sigla em inglês que significa agrotóxicos altamente tóxicos, com a instalação de um inflável de 12 metros no gramado do evento.

“São essas substâncias, que são banidas na União Europeia. E a gente clama pelo banimento imediato mundial dos HHPs, porque não é possível que a gente continue sabendo do efeito dessas substâncias, tolerando que alguns povos estejam sujeitos a elas enquanto outros não”, alerta.

Participante da Cúpula dos Povos, Bombardi avalia o espaço como essencial para o debate sobre o uso de agrotóxicos no Brasil. “Aqui a gente tem a comunhão de tantos movimentos sociais, de entidades da sociedade civil organizada. E por esse caminho a gente consegue transformações, a gente consegue mudanças, não conheço outro caminho. Os governos vão se mover em função de como a gente se posiciona”, diz.

15 de nov. de 2025

Os horrores da carga viva

Neste momento, enquanto você está almoçando, fazendo exercício, lendo etc, milhares de bovinos estão em uma situação extrema de estresse e violência. O transporte de carga viva é uma abominação endossada pelos nossos governos que não fazem nada para impedir que isso continue acontecendo.

Um navio de transporte de gado com 52 anos, transportando 2.901 bovinos do Uruguai, está encalhado na costa turca desde 22 de outubro, depois que as autoridades negaram permissão para descarregar devido a irregularidades na documentação das marcas auriculares. De acordo com o proprietário do navio, pelo menos 48 animais morreram e os suprimentos de ração e água estão se esgotando.

O Spiridon II permanece ancorado no porto de Bandırma, na Turquia. A Animal Welfare Foundation (AWF), juntamente com a Animal Advocacy and Food Transition, a Animals International e a veterinária australiana Dra. Lynn Simpson, apelaram às autoridades turcas para que permitissem o desembarque imediato dos animais sobreviventes.

“Após uma viagem tão longa, esses bovinos estão exaustos, desidratados e precisam urgentemente de cuidados. Cada dia adicional no mar significa mais sofrimento”, disse a Dra. Maria Boada Saña, veterinária da Animal Welfare Foundation.

Ontem à noite, o navio foi autorizado a entrar no porto para reabastecer com alguns suprimentos de forragem e, em seguida, foi prontamente enviado de volta para ancorar.

“Pela minha experiência, é provável que os suprimentos de forragem, cama e água potável estejam baixos ou inexistentes neste momento, com uma viagem inesperadamente prolongada. Minha suspeita é que os suprimentos de água serão muito baixos ou de qualidade questionável se forem feitos em ancoradouro.”

Simpson disse à Splash que a “calamidade” que se desenrola com o Spiridon 2 é a prova do que ela descreveu como um “setor de transporte marítimo falho e deficiente, que necessita desesperadamente de consideração especial e de uma maior regulamentação internacional”.

“Estes animais já estão no 53.º dia de uma viagem stressante e fatigante, precisam de ser descarregados imediatamente”, afirmou Simpson.

Fonte: Splash247

12 de nov. de 2025

Protesto na sede da Peta pelo silêncio sobre 'israel' e sua tortura de animais

 
Ativistas americanos invadiram a sede da organização de direitos animais, Peta, em Washington, por causa do seu silêncio sobre o genocídio de animais em Gaza pelos israelenses.

Há muito tempo ativistas de direitos animais que estão também envolvidos com a questão palestina, que é também uma questão vegana, tem se incomodado com o silêncio de organizações grandes como Peta e Mercy for Animals. 

A explicação é lógica: essas organizações recebem dinheiro de organizações e indivíduos sionistas. Peta, por exemplo, tem como patrono o racista e islamofóbico Bill Maher, o que é uma tragédia para a legitimidade do nosso movimento.

Como sabemos que o silêncio dessas organizações é proposital? Porque essas organizações se pronunciam sobre casos de crueldade em qualquer parte do mundo. Mas quando 'israel' é o perpetrador, elas ficam miraculosamente em silêncio. Niente. Nem um pio.

Como eu já postei aqui, 'israel' decimou 97% da vida não-humana em Gaza. Os animais que ainda estão vivos estão em condições atrozes, sem seus tutores, mutilados e obviamente traumatizados.

Semana passada, um vídeo de milicianos 'israelenses' que atuam na Cisjordânia circulou pelo mundo. O vídeo registrou o momento em que os monstros atacaram ovelhas em um estábulo, torturando-as e matando-as. Uma cena que normalmente ganharia uma matéria e um abaixo-assinado no website da Peta. Mas não neste caso, por se tratar de ladrões de terra psicopatas de israel. Aí tudo bem para a Peta.

Ao fazer isso, Peta, MFA e outras ONGs absolutamente destroem a ideia do veganismo, que é exatamente se opor ao seletivismo moral característico do antropocentrismo.

Uma vergonha. Infelizmente organizações no Brasil estão decepcionando neste tema também. Muitas máscaras caíram por causa do genocídio em Gaza









11 de nov. de 2025

O Santuário Vale da Rainha precisa da sua ajuda

O Santuário Vale da Rainha, que abriga mais de mil animais, tem enfrentado dificuldades e calúnias e por isso mais do que nunca precisa de sua ajuda. Clique no post abaixo e ajude o Santuário Vale da Rainha.

6 de nov. de 2025

Por que um causa revolta e o outro apetite?

Recentemente um caso de prisão de pessoas que operavam um matadouro clandestino de cavalos no Espírito Santo causou comoção e cadeia para os envolvidos. Eles foram flagrados transportando 390 kg de carne de cavalo 'imprópria para consumo', segundo a CNN. A dupla comercializava o produto para açougues clandestinos. 

 E é assim que deveria ser. Apreensão e prisão para quem mata seres vivos. 

 Eu fico horrorizado com o sofrimento que esses cavalos devem ter passado até finalmente encontrarem o alívio da morte. Eu já ouvi dizer que em tais matadouros eles cortam as patas dos cavalos para eles agonizarem por um tempo e que essa tortura elimina o cheiro forte da carne equina. Não sei. Mas tenho certeza que o horror é enorme e que ninguém deveria morrer matado. 

 Bois, vacas, caprinos, galinhas, peixes...todos passam pelo mesmo sofrimento ao serem assassinados de forma violenta por sua carne. Existe zero diferença entre o que acontece com eles e com os cavalos. A única diferença é a convenção moral pela qual comer certas carnes é permitido e outras não. Assim como entre humanos certos corpos são matáveis institucionalmente e outros não (vide o massacre no Rio de Janeiro). 

 Ou acreditamos no valor intrínseco da vida ou não. Até lá, viveremos na barbárie. 

 Em tempo: eu tenho consciência que no caso dos cavalos, a prisão se deu pela clandestinidade da carne e não pela compaixão com os animais, embora entre o público eu imagino haver um elemento forte de reprovação do abate de cavalos por esses serem percebidos como animais domésticos 


20 de out. de 2025

Genocidas israelenses assassinam veterinário herói em Gaza

Ele não era um soldado — era um curador. O Dr. Muath Abu Rukbeh, veterinário de Gaza, foi morto num ataque aéreo israelita enquanto salvava animais feridos e cuidava dos indefesos sob cerco. Sem medicamentos, sem energia elétrica e sem segurança, continuou a trabalhar por pura compaixão e coragem. Partilhe a sua história para que o mundo conheça o seu nome — e nunca esqueça a sua bondade. 🕊️