13 de out. de 2024

Israel mata, ativistas salvam: animais em perigo no Líbano

Horas depois que um ataque israelense destruiu um prédio de três andares em Beirute, matando pelo menos 10 pessoas, Maggie Sharawi recebeu um telefonema de uma pessoa que morava nas proximidades dizendo que o ataque havia matado um gato que tinha vários filhotes.

Enquanto os membros da defesa civil vasculhavam os escombros em busca de vítimas humanas ou sobreviventes, Sharawi e outros membros da Animals Lebanon, uma organização de proteção animal, também correram para o local no bairro central de Burj Abi Haidar, em Beirute, na sexta-feira.

Eles começaram a escalar os escombros, o metal retorcido e as paredes desmoronadas para chegar aos gatinhos. Os animais, com apenas alguns dias de vida, foram retirados, colocados em uma caixa de transporte de plástico e levados embora enquanto os socorristas continuavam a procurar outros gatos cujos gritos podiam ser ouvidos saindo dos escombros.

Sharawi disse que, nas últimas três semanas, eles conseguiram resgatar 190 animais de locais atingidos em Beirute e nos subúrbios ao sul. Em alguns casos, ela acrescentou, eles devolvem os animais aos seus donos, enquanto outros permanecem no abrigo do grupo na capital libanesa.

“Acreditamos que cuidar dos animais é cuidar dos seres humanos. No final, são as pessoas que estão nos pedindo ajuda”, disse Sharawi.

Desde que o Hezbollah do Líbano começou a atacar postos militares israelenses ao longo da fronteira em outubro do ano passado em resposta ao genocídio em Gaza e Israel respondeu com ataques aéreos e bombardeios em grande parte do sul do Líbano, ativistas dos direitos dos animais têm ido ao sul para ajudar a resgatar animais de estimação.

Depois que Israel intensificou seus ataques terroristas em partes do Líbano em 23 de setembro, levando ao deslocamento de centenas de milhares de pessoas, muitas pessoas deixaram seus animais de estimação para trás no sul do Líbano ou nos subúrbios ao sul de Beirute. Desde então, os ativistas dos direitos dos animais aumentaram suas missões, colocando suas próprias vidas em risco para resgatar os animais, principalmente cães e gatos, ou para levá-los para onde seus donos fugiram.

“Nossas equipes trabalham 24 horas por dia”, disse Sharawi, acrescentando que elas entram em casas nos subúrbios do sul para levar os animais em segurança.

Depois que os filhotes foram resgatados, dois gatos adultos permaneceram, mas estavam assustados demais para que os ativistas se aproximassem deles. Mais tarde, os membros da Animals Lebanon trouxeram armadilhas de metal e as colocaram com comida, esperando que os gatos entrassem e fossem capturados.

Sharawi disse que se os cães ou gatos estiverem feridos, eles geralmente os levam direto para uma clínica para tratamento e os que estão em boas condições são devolvidos aos seus donos ou deixados em seus abrigos.

Muitos dos animais que eles resgatam sofreram ferimentos, inclusive ossos quebrados, como resultado da queda de paredes sobre eles.

“Estamos lidando com casos que nunca vimos antes”, disse Sharawi.

Fonte: AP

6 de out. de 2024

Dia Mundial dos Animais

Photo: WeAnimals (bezerro em fazenda de exploração de
vacas pelo seu leite)
Diante do quadro de destruição dos habitats de animais, o Dia Mundial dos Animais, que coincide com o dia de São Francisco, chega a soar quase irônico considerando como os animais ainda são explorados, mutilados, humilhados, abandonados, queimados. Assim como toda a conversa sobre meio ambiente e direitos humanos, diante do que se passar com povos originários e com os árabes no oriente médio. Especismo e racismo são males que brotam da mesma semente: a supremacia.

3 de out. de 2024

Gaia morreu por nossa culpa

RIP Gaia
Ter a notícia de que Gaia, a onça que se tornou símbolo da fauna brasileira, morreu queimada, uma morte horrível, uma morte dolorosa, uma morte barbárica, uma morte causada pelo ser humano, corta na alma. Gaia era símbolo da fauna e de tudo o que é belo no Planeta Terra.

Gaia era leve e gostava de passear em árvores, dizem os seus monitoradores do Instituto Onçafari, que a acompanhava desde 2013. Ela era um de trigêmeos.

Gaia era o olhar das outras espécies para nós.

Gaia, conhecida pela foto dela tomando água e olhando para frente, nos dizia: eu sou a majestade.

Onçafari

Além das onças-pintadas, a entidade atua cuidando da preservação de outras espécies como a Anta, Capirava, Cervo-do-Pantanal, Quatis, entre outros.

A entidade foi criada em 2011, quando o ex-piloto de Fórmula 1, fundador e idealizador do projeto, Mario Haberfeld, iniciou os trabalhos na Base Caiman, que fica no Mato Grosso do Sul.

Segundo um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (Cnm), entre agosto e setembro, mais de 10 milhões de pessoas, espalhadas por 531 municípios, foram e ainda estão sendo afetadas pelas consequências dos incêndios nos biomas brasileiros.

A Onçafari, além de estar atuando no resgate de espécies que estão sendo atingidas com as queimadas, atua no monitoramento das espécies, permitindo coletar dados nunca antes observados em vida livre, no desenvolvimento do ecoturismo como uma ferramenta de conservação ambiental, além do tratamento e reintrodução de onças-pintadas na natureza, que, através da perda de habitats e de áreas de floresta em razão da ação humana, sofrem com ameaças de extinção.

Seca afeta boa parte do país

O Brasil enfrenta um dos mais longos períodos de seca da história, com a fumaça das queimadas cobrindo boa parte do país. Porém, não só a flora e a qualidade do ar que são afetadas.

Nas últimas semanas, bombeiros, agentes veterinários e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) têm resgatado diversas espécies, como antas, onças e tamanduás.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais também mostram que a região Norte registrou 23.715 focos de incêndios em setembro, considerando os dados publicados até a última sexta-feira (13), liderando o ranking nacional. O Centro-Oeste vem logo atrás, na segunda posição, com 18.015 focos.

O Sudeste tem 5.398 focos nos primeiros dias do mês e ocupa o terceiro lugar, seguido pelo nordeste, com 5.012. Já na região Sul há menos de mil focos de incêndios.

No Cerrado, uma tamanduá-bandeira foi resgatada na última segunda-feira (23), após ser encontrada com as quatro patas queimadas em uma área atingida por queimadas na Floresta Nacional de Brasília (Flona).

No Pantanal, duas onças-pintadas, resgatadas com queimaduras devido aos incêndios que ocorrem na região, seguem sob tratamento especial no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e no Hospital Veterinário Ayty, na capital Campo Grande, feito com pomadas específicas e ozônio.

Fonte: Correio do Lago


2 de out. de 2024

Filme em realidade virtual sobre tráfica de animal silvestres emociona plateia


Enquanto passava no Linkedin, eu vi esse post do Tadeu Jungle, um cineasta paulista que fez recentemente um projeto em Realidade Virtual sobre o tráfico de animais silvestres.

25 de set. de 2024

Marina Silva explica como funciona as queimadas

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Europa em retrocesso para os lobos

Via Eurogroup for Animals 

É provável que os lobos não sejam mais protegidos estritamente, pois o Conselho da União Europeia adotou a proposta da Comissão Europeia (CE) de solicitar um rebaixamento de seu status de proteção sob a Convenção de Berna. Essa medida compromete seriamente os esforços de conservação da última década e prioriza a política em detrimento da ciência e dos dados, ao mesmo tempo em que envia uma mensagem dramática sobre o futuro da coexistência.